quarta-feira, 18 de abril de 2012

Espaço Público

  “O esforço da prefeitura em organizar as ruas do Centro do Rio de Janeiro parece que ainda não é suficiente para impedir a presença de vendedores ambulantes ilegais.”  


  Defendo que quem não tem licença para vender em via pública tenha a mercadoria apreendida, se for reincidente prisão.
  Nada muito grave, o cidadão fica preso por 48 horas para “pensar”.
  
  Me xingam quando escrevo esse tipo de coisa, mas tenho bons argumentos para defender minha posição.
  Imagine que eu decida vender qualquer coisa, vejo que tem um bom espaço no jardim da sua casa, que fica em rua com bom movimento, simplesmente entro e monto minha barraca.
  De certo ninguém vai gostar ou aceitar, invasão de propriedade.

  E se fosse na calçada em frente da sua casa, você permitiria?
  Não!?
  Você entende que a calçada não é sua?
  Mesmo que esteja na frente de sua casa, do muro para fora, é espaço público.

  A hipocrisia começa aí.
   Em frente a calçada que você acha que é sua não quer ninguém ocupando indevidamente, mas se é na calçada dos outros...
  A maioria é bastante tolerante com camelôs desde que não os afete diretamente.
  É preciso pensar que em 99% das vezes alguém é afetado.

  Impedem/dificultam passagem de pedestres.
  Não raro alimentam o contrabando.
  Prejudicam algum comerciante legalizado.

  Espaço público é um espaço de todos que pagam impostos, não é um espaço de ninguém.
  Terras públicas são terras de todos que pagam impostos, não são terra de ninguém.

   Quando estamos falando de espaço público estamos falando do NOSSO JARDIM, NOSSA RUA, NOSSA CALÇADA, enquanto Sociedade.
   É ilógico eu apoiar que um cidadão, qualquer que seja ele, invada uma propriedade privada ou um espaço público.

  A Prefeitura tem que analisar com ótimos critérios e até consultar a população local a respeito de qualquer comércio a ser instalado, não importa o tamanho.
  Um local que tecnicamente comporta 10 barraquinhas não pode ter licença para 20.
   (Só um exemplo).

  Acho excelente que algumas prefeituras estejam exigindo mudanças no entorno dos empreendimentos que estão sendo construídos ou não liberam a construção.
  Uma igreja qualquer irá atrair 200 pessoas por dia, serão muitos carros para estacionarem, essa igreja tem que ter um estacionamento compatível, não é justo que eu tenha o acesso ao meu imóvel penalizado, porque as atividades da igreja entopem as VIAS PUBLICAS.

   Um dos pilares do Capitalismo é o respeito a propriedade pública ou particular.

  A riqueza ou a pobreza não podem ser usadas como justificativa para apoiarmos a ilegalidade.

  O indivíduo tem poder ou dinheiro e por alguma influência ou suborno ocupa indevidamente um local, como casas construídas em áreas de proteção ambiental ou espaço público.
  É crime e tem que ser punido, não importa quanto “celebridade” seja.

  O indivíduo está na pior, não tem dinheiro nem pra comer?
  Nunca fui contra programas assistenciais.
  Sem tanta informalidade em nosso país a arrecadação de impostos subiria exponencialmente sem nem precisarmos aumentar alíquotas.
  Com muito mais dinheiro em caixa poderíamos dar apoio adequado aos necessitados.
  E quando conseguissem uma ocupação seria algo legalizado, com condições aceitáveis de trabalho e renda. 

   Para concluir.

   Se não concordamos com alguma lei podemos pressionar o Legislativo para que mude a lei, mas não podemos à revelia ir dando “ajeitadinhas.”
  A Lei, qualquer lei, só faz sentido se todos de comum acordo aceitamos segui-la, senão é só letra morta.
  Se damos privilégios a alguns indivíduos sem ter boa “argumentação” a lei fica terrivelmente injusta, a Sociedade como um todo fica ineficiente.

  Em um dos inúmeros grupos de discussão dos quais participei tinha um debatedor que vivia repetindo o bordão:

 👨 “A impunidade estragou esse país.”

  A impunidade é fruto da nossa tolerância com a ILEGALIDADE.





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8 comentários:

William Robson disse...

Desejei consolar,e dizer boas palavras.
Mas falei as palavras erradas.
Ele merece,e vc(bem como sua família) merecem um dia,superar a tristeza.
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Para com isto Nihil.
Você freqüenta este Blog desde o inicio, faz parte dele, acredito que quando pensam neste Blog sua participação é indissociável dele.
Você escreveu as palavras certas que me provocaram a continuar os comentários e tentar me fazer claro para muito mais gente.
Assim como o Jorge me proporcionou a oportunidade de falar sobre o caso Anencéfalos.
Já disse que os textos são monólogos, nos comentários é que testamos se as argumentação dos textos são defensáveis.

Eu e minha família não temos tristeza com relação ao Michael, como disse [sem ficar fantasiando situações] foi bom ele ter morrido, se ele vivesse 7 anos seriam 7 anos de sofrimento eu não cultuo o sofrimento.
Eu não fico remoendo na minha mente estes acontecimento do passado, este Blog não é um diário, mas é inevitável que eu coloque exemplos de situações que eu vivi, das quais sou TESTEMUNHA.
No caso de crianças doentes eu poderia falar de vários casos de pessoas com esta dificuldade, que estão passando ou já passaram, acontece que eu tenho muito cuidado quanto a trazer depoimentos meus sobre a vida de outras pessoas embora isto também por vezes seja inevitável.
Então fique em paz e tenha certeza que não tem nada a ser “superado”, não existe nem tristeza, existe um “testemunho” para ilustrar minha argumentação.
Claro que eu não queria que ninguém nascesse doente, tanto que se nossa tecnologia aponta para uma doença grave e sem tratamento satisfatório defendo o direito da mãe ao aborto, para o bem dela e da criança.
Ela merece ter direito ao aborto, ela não é OBRIGADA a pratica-lo.
Se a religião dela proíbe e ela concorda com a religião que toda vida é um presente então que receba este presente... só não imponha esta crença a toda sociedade.

William Robson disse...

SOMBRA DO ONIPOTENTE:

“A bela história de Ana nos ensina a tomar uma atitude diante de Deus.”
“Samuel era muito pequeno quando foi deixado por sua mãe no templo e ele ficou com Eli, o sacerdote, e serviu por todos os dias de sua vida ao Senhor. Samuel foi o maior profeta de Israel.” [Gratidão]
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Bela historia!?
Esta historia de Deus não permitir que uma mulher não tenha filhos é tão repetitiva na Bíblia.
Se ela fosse uma boa serva do Senhor aceitaria a dificuldade que Deus colocou em sua vida sem ficar se martirizando.
Tá ela não podia ter filhos, mas tinha o amor de seu marido, casa, comida, capacidade fisica e como boa serva poderia dedicar seu amor a outras crianças mesmo que não fossem filhas biológicas dela.
Esta historia tem tantos desdobramentos que é até difícil resumir.
Não acredito que minhas filhas pequenas ficassem satisfeitas se eu as abandonasse em um convento de freiras, mesmo que fosse visitar nos finais de semanas, uma historia desta não tem como ser bonita a não ser no caso de grave necessidade, doenças.
Samuel é aquele que repreendeu Saul por não ter exterminado todo ser vivente de uma aldeia.
Saul poupou Amaleque e algum rebanho.
Samuel é aquele que disse que Israel não precisava de um Rei e que o povo iria se arrepender caso insistisse neste pedido, mas quando viu que a coisa estava dando certo, correu para ungir Davi, um Rei mais sanguinário e impiedoso que Saul.
Lendo e relendo a Bíblia é difícil achar alguma beleza nesta historia de Samuel...

http://sombradoonipotente.blogspot.com.br/2012/04/ana-mae-de-samuel.html?showComment=1334751869948#c3932863516284128226

Encrenca 835,de bom dia! disse...

O Contravocê decidiu vender santinhos de terracota,em Campinas- perto de um shopping.
Será que ele vai conseguir a licença na Prefeitura?
Ele se embrenha em aventuras de todo tipo.
(hahahaha!...)
O mesmo não precisa de tal serviço,e eu vivo dizendo para ele voltar a gerenciar o comércio da Amélia.
Se ele ainda fôsse um "Zé Mané",mas ele tem onde ...cair morto.(kkk!...)

Meu pai e minha mãe são os filhos nascidos por último,de uma renca de irmãos.(cada um tem vários mais velhos,então alguns tios e tias minhas,já morreram)
Um deles(um dos meus pais) nasceu depois de dois gêmeos,falecidos com poucos dias de vida.
Calculo que foram "anencéfalos".
Falava-se(e ainda se fala) no tema na minha família,de uma forma natural.
Quando a vó em questão comentava isso,era sem pesar.
A irmã mais velha deles(uma tia) idem comenta suas lembranças- de um modo apenas descritivo.
Aí pensei que vcs não tinham tal pesar,e agora vi que estava certa.
Que alívio vc dizer o que disse agora.

Às vezes vou no embalo dos meus pensamentos,e quando vejo,estou falando de tudo,e mesmo minha "automoderação" não detêm os pontos principais.
Então,fico suspeitosa.
Outro dia,eu conversava com alguém,e quando "dei por mim",estava dissertando no que não devia.
O interlocutor riu da minha "vergonha".

Nem dá para dizer o alívio que estou sentindo.

Renovarei os votos de bons influxos ao seu irmão.
E em "justiça de compensação", voltarei a falar daqui a um tempo.
Aliás,nenhuma "justiça de compensação" fica no lugar de um acontecimento doloroso.(mesmo quando existe)
Ainda bem que o sr.não ligou tanto ao caso.(ao "caso" das minhas palavras)

Eu sou a favor do aborto só dos anencéfalos,pois entre as consequências dos de outros tipos, poderia haver o descuido da sociedade em relação aos deficientes,ou aos doentes graves.
Afinal,a mentalidade que seria criada pelo "direito legal" de interrupção da gestação deles, esfriaria a compaixão.
Talvez,eu esteja enganada.
Dona Marta Suplicy por ex, é a favor disso,mas diz que uma vez que a criança existe, tudo deve ser providenciado para ela.
Deixar ou não vir à luz,é uma questão da família,mas os que já existem,são de interesse da comunidade.
Oxalá,esse possa ser um "pensamento diretor" nas sociedades.

Os comentários "enriquecem" mesmo um texto,e é por isso que ainda prefiro ler sites onde as pessoas proseiam sobre um tema determinado numa crônica maior.

Tentarei passar o mês de maio,lendo o "Observatório da Imprensa".
Findei meu passeio pelas imagens artísticas.(o que tem de site de cerâmica maiólica na Lixeira,nunca se viu...)

Safo disse que ela tinha um "coração infantil e a cabeça ôca".
Ao contrário dela,me sinto uma "anciã encarquilhada",mas projeto para fora,uma imagem infantil,e sei que meu intelecto,é imaturo.
Todo "filósofo" é "filósofo de alguma coisa",mas recentemente,eu me perguntava "eu sou filosofante do que?"
Talvez,das "questões do corpo,e dos seus limites".
Do mesmo jeito que a moça de Metilene poderia ter sido,se houvesse se manifestado por mais tempo.

E instintivamente,tenho encontrado as informações que me servirão de amparo.
Serei capaz de pensar por mim mesma,sem a muleta dos céticos da vida,(tipo o Teacher,e o Ghi).
Vou gostar de "permanecer na infância por mais um tempo",mas com "tutelas" variadas...e com a vizinhança do senhor.(hehe!...)
Tenho no Favoritos agora,por ex, os vídeos do dr.Jacob Pinheiro Goldberg,e alguns sites de filosofantes.(a serem conferidos)

segue

835,final disse...

Tentarei fazer dowload do livro do Richard Dawkins.( visto no blog da Selma).
Os grandes autores precisam aprender a lição com ele,e com a Márcia Tiburi,que também escreveu um livro de filosofia para crianças.
Os muito densos devem "baixar o nível" mantendo o bom gôsto,para alcançar os "simples".
Afinal,noventa e nove vírgula nove por cento dos cérebros pensam,e desejam entender- e interpretar o mistério da vida.

O sr.está de parabéns por simplificar idéias difíceis em textos claros,sr.William.
Acho que a E.e a A.,nunca perdem um.
Assim como eu xeretava nos antigos cadernos de faculdade do "pai pitaco",antigamente,para aprender um pouco de "economês"(ele fez Economia e Administração).
Há muito,ele os jogou fora.

Isso aí.
Um ótimo dia de "ordem mental" a nós todos,e eu agradeço aos possíveis leitores que gostam de mim.
(o sr.especulou que as pessoas sempre pensam nesse blog,junto do meu personagem...)

°°°°°°

William Robson disse...

NOTICIA:

– Ele herdou da mãe [a doença]. Perdi um filho com a mesma doença. Guilherme fica na cadeira de rodas o tempo todo. Tem horas que ele está lúcido e tem horas que não. [R7]

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Viver não é brincadeira não.
Espero que minha “passagem” seja rápida e fulminante.
A vida varias vezes parece um presente de grego, principalmente quando perdemos a saúde...

http://entretenimento.r7.com/famosos-e-tv/noticias/pai-de-guilherme-karam-revela-o-drama-do-filho-20120418.html?question=0

Encrenca 836, disse...

Li sobre o Guilherme.
Antigamente,nas novelas que assisti -de forma sempre cortada, eu o vi interpretando alguns personagens- que eram tipos misteriosos e introvertidos,como ele mesmo.

Coitado, oxalá ele tenha a assistência necessária,e encontre motivos para se alegrar.
Ele passava a impressão de ser uma pessoa "doce",ou seja, ele parecia um ser em equilíbrio,e sempre "de bem" com todos.
Que Deus conceda o bem aos que merecem o bem,e aos que um dia, plantaram o bem,em volta de si.

tripitaka 427,de bom dia disse...

Há pouco conferi o artigo na dona Gratidão,no "Sombra do Onipotente" e vi sua réplica de ontem,ao mesmo.
A história da Ana parece uma dessas em que uma moça não consegue engravidar,adota uma criança,e depois,misteriosamente,"embarriga",e aí- sua felicidade fica completa.
Então os médicos dizem que às vezes,a "expectativa pelo filho" pode atrapalhar a concepção.

Mas,comentarei outro texto.
Faz uns dias que estou com vontade de falar sobre o "rainha Ester"- que consta na primeira página.(sempre vou lá,porque o sr.escreve ali).
É uma curiosidade de alguém que lê os livros sagrados,de forma histórica,e comparando relatos neles contidos, com outros casos existentes.

O Hanam- filisteu que trabalhava para o rei, marido da Ester(o país estava dominado por esse povo,então)- e que foi aquele que "pagou mico" em público para o Mardoqueu,
bem...sua história perturbadora,e uma faísca entrevista da sua personalidade,o vincularam(em minha "fantasia") ao Hitler.
Eu li essa fábula pela primeira vez no romance "Makor- a fonte de Israel"-de James Michener,em 1.990, e então a li na bíblia,e na época,vi a coincidência entre Hanam e o líder do Terceiro Reich alemão,e ao ler a biografia da rainha no "Sombra",vi de novo,tal identificação.

Hanam,- sem maiores justificativas,ambicionou eliminar todos os judeus na própria terra deles,mas acabou morto,e seu povo foi dizimado.
Ele tinha dozes filhos e uma filha.
Todos morreram,no conflito onde a rainha Ester foi mediadora,e a filha dele,se matou.

Hitler teve treze asseclas no Terceiro Reich- e um deles,que acho que era um publicitário,também se suicidou,com um tiro para dentro,se não me engano.

Embora eu saiba que "o que explica não justifica",imagino Hitler como um senhor que ficou milênios enfurecido com o ocorrido naquela data,e aguardando o dia de "dar o troco".

Gente,gente,como é necessário buscarmos sempre o equilíbrio,e não deixarmos os sentimentos ruins fazerem da nossa vida emotiva,uma vida miserável.
Ou tal vida emotiva miserável pode gerar consequências.
Afinal,nunca sabemos como iremos nascer.
Um ódio de hoje,não solucionado,pode ser a fúria homicida de amanhã.
Assim como uma bondade que sempre cultivarmos,poderá um dia,nos fortalecer,e colaborar com a santificação do mundo.

Sri Buda,o Santinho,disse que era para cultivarmos o "bem" e para enfraquecermos os "vícios" em nossas pessoas,e assim deve ser mesmo a nossa rotina.

'sso aí.

acréscimo disse...

Claro,esqueci de dizer que os asseclas(os ministros) de Hitler,todos -exceto o que se matou- foram executados pelas leis alemãs, em 1.946(não sei bem em que data).