terça-feira, 6 de novembro de 2012

Aula de História

 “As leis das cotas étnicas estão certas, pois visam acostumar as pessoas a verem as "minorias sociais" em mais locais privilegiados- o que tende a colaborar para diminuir o preconceito.”
  [Nihil]

  O grande “preconceito” é financeiro.
  As favelas estão cheias de pessoas claras, pobreza não é um “privilégio” da pele escura.

  Um menino loiro pobre, perder uma vaga para um menino negro pobre usando como critério a cor é uma IMBECILIDADE.
  Imagine a cabeça dessa criança branca que foi discriminada.
  Quem vai explicar para essa criança que quem nasce com a pele clara tem uma “dívida histórica” com quem nasce com a pele escura? 
   Combatemos uma discriminação criando outra discriminação!?
  Houve um erro no passado e invertermos o erro no presente não vai tornar a discriminação um acerto.
  Neste Blog pensamentos lineares não funcionam.
  Precisamos pensar em 3D, ter uma visão HOLÍSTICA das coisas.

  Usar como critério a situação financeira acho satisfatório e eficiente.
  Eu não pedi para nascer pobre, mas peço a chance de através do estudo alcançar uma boa situação financeira.
  Que importância tem se sou índio, negro ou loiro!?



   Esse dogma da “dívida Histórica” resiste a lógica?

   Vamos ver.

  “Entre as tribos índias que não eram canibais, mas praticavam a escravatura os papanases não tinham costume de matar os que os ofendiam, mas faziam deles escravos, os guaianás não comiam carne humana e faziam os prisioneiros escravos, os tapuias também faziam os cativos escravos.”

    Para ser um bom Filosofo é importante se interessar por História.
  É possível você ser um bom mecânico de automóveis sem saber dirigir?
  Fica meio complicado, mas é possível.
  É possível você dirigir automóvel sem entender nada de mecânica?
  Sim, é possível desde que esse “nada” não seja extremo, quero dizer que pelo menos verificar óleo, calibrar pneus, colocar água no radiador você precisa saber ou ter alguém que faça por você.

  Digamos que a História é o “motor”, toda engrenagem que nos trouxe até aqui e a inteligência e sabedoria é dar direção a todo esse conhecimento acumulado.
  Um Filosofo é tão mais completo quanto mais ele conhece a “mecânica” e analisa e sugere “direções”.

  Percebam que “homens brancos europeus” não inventaram a escravidão.

  Já discutimos que a escravidão era bem aceita pelo Deus Bíblico e agora vemos que índios a praticavam.
  Fiz questão de trazer exemplos de tribos brasileiras para não restar duvida que a escravidão não foi fruto da colonização europeia.


  Qual a situação do escravo africano no Brasil Império?

  “Uma das descobertas mais surpreendentes do professor Eduardo, que atua nas áreas da história da escravidão e das mestiçagens, se refere aos senhores de escravos, que, ao contrário do que se aprende nas escolas e nos livros didáticos, nem sempre eram brancos.
  Em Minas, do início do século 18 a meados do 19, mais de 30% desses proprietários eram ex-escravos ou descendentes de escravos.
  Em 1776, conforme as estimativas, havia na capitania de Minas, então a mais rica e populosa da colônia, cerca de 300 mil habitantes, sendo 130 mil forros (ex-escravos), 110 mil escravos e 60 mil brancos.”

  Pessoas negras competentes ou com sorte conseguiam juntar Capital e tinham escravos negros.
  Mas porque os negros aceitavam a situação de escravidão se tinham poder econômico?


  A escravidão era uma tradição na África.

  “A escravidão, na África, começa com seu próprio povo; as tribos brigavam entre si, e as populações derrotadas, nestas guerras, serviam como recompensa.
  Os derrotados viravam escravos, para servirem ali mesmo ou para serem embarcados para outras regiões.
  Havia guerras com o exclusivo fim de produzir cativos; o reino do Sego, a confederação Ashanti, o reino do Dahomé e as cidades-estados iorubas foram nações escravizadoras, que anualmente, lançavam seus exércitos em operações de envergadura.
  Guerreiros promoviam rápidos ataques nos territórios vizinhos, onde aprisionavam um punhado de aldeãos.”

   Para os Africanos assim como para aqueles povos citados na Bíblia a escravidão era totalmente aceitável.
  Antes da ascensão Europeia a escravidão não se limitava a cor de pele, um povo invadia outro e o fazia escravo, pura e simplesmente o mais forte podia escravizar o mais fraco.

  Meu amigo “europeu” Einstein dizia que: 

“A tradição é a personalidade dos imbecis.”

  Como os Africanos eram tradicionalmente adeptos da escravidão em seu próprio território e os povos   Europeus constituíram grandes exércitos, a partir de 1500 começou surgir uma outra “tradição de só escravizar negros.



    Esse texto ficaria muito grande se eu fosse colocar todo meu conhecimento sobre esse assunto, ainda mais agora turbinado pelo Google.
  Vou encerrar o texto mais uma vez homenageando meus amigos Pensadores do Iluminismo.
   Foram eles lá por 1700 que começaram abominar a escravidão de qualquer tipo.
   Em meros 300 anos tivemos avanços espetaculares questionando as Tradições.


   Hoje pessoas sem conhecimento da História da Humanidade querem transformar em vilões os meus heróis da resistência “Os Livres Pensadores Europeus”
  Fiquei muito alegre que o Nobel da Paz tenha sido entregue a União Europeia.
   Depois de tanta imbecilidade econômica espero que a Europa reencontre seus melhores dias, um novo Iluminismo.

  A Europa não deve nada a ninguém, ela nos tirou da barbárie que pela tradição de outros povos continuaria a perder de vista.

  Vida longa e próspera aos meus irmãozinhos europeus.

BOA SORTE!









  Até por volta de 1800 a escravidão fazia parte da cultura humana.

  “A escravidão era uma prática comum e componente integral da vida na Grécia Antiga, ao longo de toda a sua história, da mesma maneira que nas demais sociedades antigas.
  ESTIMA-SE QUE EM ATENAS A MAIORIA DOS CIDADÃOS TINHA PELO MENOS UM ESCRAVO.
  A maior parte dos escritores do período antigo consideravam a escravidão não só como algo natural, mas como algo necessário, porém alguns debates isolados ocorreram, especialmente nos diálogos socráticos.”

[Wikipédia]






9 comentários:

Avast 1 disse...

Bom dia ao sr.

As mudanças feitas no visual do blog,ficaram "da hora".
Sei que o sr.está vendo que tem "um visitante"- é que em geral,sempre deixo o "note" ligado aqui no site,mesmo quando estou ausente,ou dormindo.

Obrigada por ter achado o CMI.
Meses atrás,eu clicava e clicava no site,e ele estava fora do ar.
Acho que ficou meses sendo reformado.
Voltei a adicionar ao Favoritos.
Conhecia-o,através do Jornal de Debates.

Mais uma vez então,desejo um bom dia a todos.
Até mais tarde.

°°°°°°°(já li o texto principal,mais tarde,irei ler todos os links.
Eu também sabia bastante sobre esse assunto,por ler a revista "Aventuras na História",mas já esqueci uma parte dele)

William Robson disse...

eu sempre fico "sem graça" quando vejo o sr.falar assim.
Nada disso,sr.William.
Na "terceira idade" o sr.poderá dar aulas de filosofia nalgum curso superior,poderá ser "filósofo-terapeuta",ou escrever e publicar livros.
(pense positivo,sr.Vizinho,pense positivamente). [Nihil]
================================
Como poderei fazer isso se tiver Alzheimer [por exemplo]?
Visite qualquer hospital e verá pessoas idosas com graves deficiências, sem nenhuma qualidade de vida.
Pensamento positivo não tem nada a ver com isso.
Eu me cuido, mas não estou livre de contrair uma grave doença.
Eu sei que nesse mundinho dos “pensamentos positivos” problemas graves não acontecem... todos que estão doentes é porque não tiveram bons pensamentos!!!!

Não sei como as pessoas se iludem com essa ideologia de que se pensarmos positivo nenhum mal nos alcança, é lamentável.

William Robson disse...


"O amor é a gasolina da vida... custa caro, acaba rápido e pode ser substituído pelo álcool."

MUITO ACESSADO

boa noite ao sr.! disse...

Confira o histórico(de saúde) dos seus familiares mais velhos.
Acho que ninguém tem problemas "graves".
Então,o sr.idem estará bem nessa idade.

Mamãe tem diabetes desde os trinta anos.
Continua lúcida,e quase forte.
O professor Andros é um senhor mais velho,e diabético desde criança.
Acredito que ele ainda trabalha em alguma profissão remunerada.

Muitos de nós que somos mais novos,hoje em dia,estaremos ainda com uma considerável saúde,daqui a vinte ou trinta anos.

Lógico.
Eu também já prometi que não sobreviverei ao alzheimer.
Mas,posso acabar mudando de idéia.
Tudo é imprevisível.
Idem,é pouco provável que eu possa desenvolver tal mal.(ninguém na minha casa teve,ao envelhecer)

Encrenca 1.065 disse...

(fritex)

Essa noite eu tive um sonho surrealista.
Entrando no "redemoinho do tempo",eu e alguém chegamos em Metilene,e na casa de Safo,uma senhora então,idosa.
Só nós podíamos vê-la.
Éramos invisíveis para ela.

A pessoa que me acompanhava,dizia que eu e a "véinha" diferíamos bastante em nossa atitude.
Não achava que podíamos ser "a mesma".
Eu retrucava,dizendo que de todo modo,um éon havia se passsado.
Claro que algumas diferenças aparentes acabaram começando a existir.
Todavia,em silêncio,vimos a tal senhora receber uma visita.
A visita de outra senhora idosa,de estatura baixa,e de físico avantajado.
Ambas ao se verem,se abraçaram,chorando os anos de separação.

A pessoa do meu lado começou a me empurrar.

_Agora eu acredito,tia!
Aquela lá é eu,olha minha expressão!
Então,a mais escura,que é poeta,é mesmo você!

_A diferença,é que hoje em dia,vivemos nos batendo._eu disse a ela,a Grazi.
Havíamos acabado de presenciar o reencontro entre a professorinha,e a aluna Áttis,que agora morava num convento.

Para não ficarmos emotivas também,saímos de perto.
Empurrando uma a outra,e nos dando uns tapas.
Alegres(e rindo) pelo fato de não precisarmos mais sofrer pela falta de ninguém nessa vida...

Avast 2 disse...

No começo,é sempre assim.

O antivírus funciona "belamente" na redução drástica das "telas ao infinito".
Depois,o vírus fica "vacinado" e continua agindo.

Vamos ver se agora a história vai ser diferente.
Por enquanto,o Avast,que eu baixei hoje de madrugada, "está dando conta".
Aquele faxinador que der certo em meu sistema,será um cuja versão paga,irei ter.

revista realidade 86 disse...

(texto principal)

Bom dia.

Eu ia postar uma música do Milton Nascimento,como réplica ao texto- mas fiquei uma "cara" lendo os textos dos links,e agora,o que eu desejo,é manifestar a perplexidade com a indiferença alheia perante a condição humana.

Eu sabia bastante sobre o tema,e comecei a ler(mas não terminei) o livro "Viagem incompleta",de um historiador que foi entrevistado no Provocações,uma vez,mas sempre é surpreendente conferir a facilidade com a qual pode ser formada nas pessoas uma psicologia de frieza em relação aos seus semelhantes,e como facilmente,muitos desumanizam para si mesmos,as vítimas de todos os sistemas sociais.

Me lembra a tripitaka 70,que eu escrevi no gd do terra uma vez,quando eu disse que o "papel da vítima" de uns séculos para cá,não é mais um "papel redentor",mas sim, uma situação de vexame,e criadora de precedentes ruins.

°°°°°quanto à lei das cotas,continuo achando necessária.
Se o sr.assiste uma ou outra novela televisiva,vez por outra,tenta lembrar de como eram esses melodramas uns trinta anos atrás,e como eles são agora.
As pessoas "de cor",costumam agora interpretar mais personagens,e personagens "nobres".
Antigamente, eram raros em novelas que não fôssem tramas históricas.
Isso começou por causa da iniciativa da aplicação das "cotas",nos empregos.

A visibilidade das "minorias" em todos os locais "bonitos de se ver", irá colaborar (está já colaborando) para o declínio do ranço da "desumanização do + fraco", e para a diminuição da antipatia contra quem é simples.
Talvez,agora inclusive,estou entendendo melhor minha própria teoria,desenvolvida num texto "turbilhão" mais ou menos,na casa dos "oitocentos".

Ao mesmo tempo,entendi porque os gaúchos em geral,são meio bravos.
A colonização do território deles se deu através de muitas lutas familiares e entre grupos,que coisa hem...
...só faltavam se matarem.
Dá para entender pessoas como o professor Andros.

revista realidade 87 disse...

Eu ia postar a música "Chico Rei",do Milton Nascimento,na qual ele conta a história de um escravo mineiro alforriado que torna-se um poderoso dono de escravos.
Tenho esse vinil desde 1.989.

"Quem é rei sempre será
se o seu reino está traçado
Chico Rei,nosso rei sempre será..."

turbilhão 1.166 disse...

Para o "muito acessado" desse dia.

Não sei se repliquei "na íntegra" a esse texto.
Tive umas idéias.
Lembro de certa vez,já ter feito para o sr. uma lista(ainda no gd do terra) dos possíveis fatores que regem a "grande sorte".

Outro dia,eu falei em "inteligência acima da média".
Todavia,as distorções existentes na sociedade,também facilitam certas incongruências.
Digamos e convenhamos que podemos pensar,e podemos nos agrupar em comunidades,mas somos é uns "animais" mesmo,e em parte do tempo,tendemos a comportamentos compulsivos,que em geral,demoram séculos e milênios para entrarem no controle.
Devido a isso,é difícil termos uma sociedade justa.
Então,as piores injustiças acontecem justamente onde não deveriam acontecer,mas isso se dá porque em certas "situações-chave" também existe a maior possibilidade de satisfazer "apetites vorazes".

Todavia,é preferível podermos tentar ter uma sociedade,pois só assim,aprenderemos tal arte,e a arte de organizá-la de forma cada vez mais salutar,ou se eu preferir,de uma forma cada vez menos insalubre.
E tolerar as incongruências e distorções,é um preço a pagar.

Invejo- no bom sentido- alguns sortudos específicos,mas em geral,não ligo para os outros.(sortudos)

Sobre isso,então é "+ isso",por ora.