domingo, 18 de novembro de 2012

Falar com Anjos

  “Estudo analisa cérebro de médiuns brasileiros em transe.”

 “Os cientistas observaram que os médiuns mais experientes mostravam durante a psicografia níveis mais baixos de atividade no hipocampo esquerdo (sistema límbico), no giro temporal superior e no giro pré-central direito no lóbulo frontal.
  As áreas do lóbulo frontal estão ligadas ao raciocínio, ao planejamento, à geração de linguagem, aos movimentos e à solução de problemas, pelo que os pesquisadores acreditam que durante a psicografia ocorre uma ausência de percepção de si mesmo e de consciência.” 
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  “Um homem se infiltra na polícia, usa as gírias da corporação, anda de pistola na cintura, carrega algemas e distintivo e circula em viatura com placa oficial.
  Aproveita o disfarce para extorquir, roubar e até matar.
  Descoberto, é julgado e condenado, cumpre pena e, assim que sai da cadeia, retoma a farsa em outro ponto da cidade.
  Casa-se com uma moça rica, engambelada pela fachada de homem sério.
  Parece enredo de filme, mas é o roteiro da vida dupla de um dos maiores traficantes de armas do Rio de Janeiro, Flavio Teixeira Marinho, 40 anos, que vinha se fazendo passar pelo que não era ao longo dos últimos quinze anos, sem ser incomodado.” [Veja]

  Que coisa hein!
  Admiramos muito bons atores, mas o que eles são senão grandes mentirosos?
  Se uma pessoa é muito boa em fingir sentimentos a carreira de ator não pode ser descartada.
  Empresas falsificam números contábeis, pessoas falsificam remédios, fazem copias de produtos e dizem que são originais... enfim não há campo da atividade humana onde não existe falsários.
  Até outros animais fingem que estão mortos ou se camuflam na natureza para passarem pelo que não são.
  Se você é evangélico o que dizer de Jacó que fingiu ser seu irmão Esaú?
  E o caso de Abraão que pediu para Sara fingir ser sua irmã?

  “E aconteceu que, chegando ele para entrar no Egito, disse a Sara, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista;
 E será que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é sua mulher. E matar-me-ão a mim, e a ti te guardarão em vida.
  Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti.
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  Analisando holisticamente o comportamento humano não entendo como há pessoas que dizem que não existe mediunidade só porque há falsos médiuns.

  Claro que essas histórias de conversar com espíritos ou prever de alguma maneira o futuro são uma fonte inesgotável de charlatanices, estranho seria se não fosse.
  No entanto já relatei aqui no Blog vários casos de pessoas de alguma forma influenciadas por espíritos que não tinham porque fingir.
  No momento do transe poderiam ser taxadas como esquizofrênicas, mas passado o transe a esquizofrenia some!?
  Uma das noites mais terríveis de minha vida foi quando meu pai chegou em casa apavorado se dizendo estar sendo obsidiado por uma entidade.
  O que ele teria a ganhar aterrorizando esposa e filhos naquela noite encenando uma possessão?
  Ele saiu mais cedo do trabalho, posso garantir que não tinha bebido nada e se meu pai usasse drogas, acreditem, “eu saberia”.
  [Não naquele momento, eu era criança, mas analisando seu comportamento com minha experiência de hoje]
  Uma voz disse a ele para ir para casa.
  “Segundo meu pai”, em uma demonstração de força um colega desmaiou ao seu lado. [Claro que pode ter sido uma alucinação]
  Ele teria que ficar no quarto no escuro iluminado apenas por uma vela.
  Está bem fixo na minha mente o olhar aterrorizado de meu pai, ele via alguma entidade na luz da vela que falava com ele.
  Ele balbuciava para minha mãe:

  “Olha ele ali, olha ele ali, você esta vendo?”
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  Percebi que alguns médiuns não tem bom controle sobre a habilidade “psíquica”
  Ás vezes ele vai a algum lugar, uma reunião onde muitas pessoas esperam ver seu “Dom” e justo naquele dia o "contato/conexão" não acontece, então ele simula para não decepcionar as pessoas a sua volta e até para não se desprestigiar.
  Já observei pessoas que perderam o seu dom ou o tiveram muito diminuído, mas não aceitando essa nova realidade agiam falsificando a conexão.
  Sabem como é tem coisas que dá para fingir outras não.
  Uma mulher gosta de sexo, já teve muitos orgasmos, mas justo naquela noite especial em que resolveu ter uma segunda lua de mel com o marido o orgasmo não vem.
  Oras, ela já teve orgasmos muitas vezes, sabe simular a situação, com gritinhos, gemidos ou contrações.

  O sucesso do fingimento depende da sua qualidade como atriz e a capacidade de observação do seu parceiro.

  Notem que a mulher não faz por mal, naquele dia o orgasmo não está acontecendo e persistir no ato sexual só irá ser irritante, acredito que qualquer mulher com uma certa experiência já passou por essa situação.
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  Para o texto não se alongar muito eu digo que já analisei muitos médiuns e realmente algo de diferente acontece, continuo defendendo que esse contato com espíritos deve ser evitado, mas tem pessoas que a conexão vem fácil, elas não conseguem evitar... até gostariam.

  Meu amigo Sócrates pela vida toda disse ter contato com um Daemon e quando esta entidade parou de falar com ele entendeu que era hora de morrer.

  Invejo meu amigo Sócrates por ter tido essa companhia espiritual meio “anjo da guarda” em uma relação tão harmoniosa por toda vida.

  Interessante que a solidão sólida que meu amigo experimentou nos últimos dias de sua vida... é a minha vida.

  Bom, se não tenho a benção de ter um anjo falando comigo, embora tenha sofrido devastadores ataques de demônios ... ao menos os demônios nunca chegaram a falar comigo, não cheguei a triste conexão acontecida com meu pai, nunca fui possuído.
  Na maior parte do tempo prefiro a solidão que a má companhia, no silêncio e no vazio a Filosofia e a Lógica fluem serenamente, os pensamentos dos meus amigos mortos ecoam em minha mente, não tenho dons mediúnicos que se destaquem da média, não sinto falta deles.

  Se não é para falar com anjos, não quero falar com ninguém...



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10 comentários:

William Robson disse...

Consumidos

“Meu amigo ainda bem que Deus é misericordioso, porque a palavra do Senhor diz que A misericórdia do Senhor é a causa de não sermos consumidos.” [Eliza]

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“Estima-se que cerca de 6.178 pessoas morram no mundo por hora. Isso significa que, diariamente, 148.272 seres humanos falecem. Ao término de um ano, consequentemente, as mortes ultrapassam 54 milhões.”

A China tem 1.306.313.812 habitantes e a Índia 1 095 351 995 habitantes. O mundo tem cerca de 6,5 Bilhões de habitantes, para efeito de calculo vamos dizer que as mortes sejam proporcionais por país.

Flash Back

Daniel disse...

WILLIAM - estudo bíblico.


É exatamente isso.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1bola_dos_Trabalhadores_na_Vinha

Daniel disse...

Nessa parte eu sou como o Adilson, não acredito em espíritos.

Uma vez presenciei uma colega dizendo que era costume ver vultos brancos e negros. Eu lembro de ter rido bastante disso.

Já estive congregando em igreja evangélica e agora eu não congrego. E eu lembro de ter querido muito um contato espiritual, porque eu pensava: se é para eu ter um contato espiritual, que seja um em que os anjos me abordassem para uma saborosa conversa(em contraste das constantes ameaças de ir para o inferno que eu ouvia (ouço) do meu pai todo dia)
Eu lembro também que pouco tempo depois de ter querido isso, me veio imagens na mente de situações em que fui "salvo", como uma queda de mais de 7 metros de altura, acidentes de moto, etc..

Decidi que eu não ia querer mais nada disso.

tripitaka 747, disse...

para o Denytus,

Eu vi fantasmas,até os dezesseis anos de idade.
Na roça,isso é mais fácil acontecer,proque estamos em contato com a natureza,e pode ser que a natureza colabore para tornar as almas mais perceptíveis,ou ela depura nossos sentidos.(eu morava numa região rural)
Me mudei para a cidade grande,deixei de vê-los.

Houveram depois,duas circunstâncias em que eles apareceram.
Uma foi nos meus vinte e nove anos de idade,quando vi um vulto escuro ao lado de alguém que eu conhecia.
Não tive tempo de ir até ele para implorar que tomasse cuidado consigo mesmo.
Passou um tempo,o rapaz morreu.
Foi uma situação pavorosa.

Três anos depois, subi para o andar onde ficava o escritório onde eu trabalhei,em meu antigo emprego.
No fundo do corredor,tem uma janela toda envidraçada,que ilumina o andar.
Havia uma pessoa ali, toda esccurecida,olhando para baixo.
Sem ligar para isso,abri a porta do escritório com a chave,entrei.
Ali dentro,me dei conta de ter visto um absurdo.
Como aquela pessoa conseguia se inclinar para baixo,se ali tinha um vidro,e se aquela janela não se abria?
Voltei-me em instantes para lá.
Não havia ninguém.
Tudo ocorreu em pouco tempo,se o homem tivesse passado por mim,eu teria visto.
Entendi que havia visto uma "pessoa paralela" e desejei mentalmente,um bom dia ao mesmo.
Horas depois, ouvi boatos de que o dono do escritório vizinho morrera no dia anterior,por doenças comuns à velhice.
Calculei que então eu vira esse senhor,talvez se despedindo do prédio,e da paisagem de São Paulo,antes de "seguir caminho" para o outro mundo.

De lá para cá(de 1.997 para cá),não me ocorreu mais nada disso.
Tive uma clariaudiência em 2.004,mas acredito que isso se deu porque eu estava fazendo tratamento dentário.
O fenômeno não teve muita credibilidade para mim,receei estar ficando esquizofrênica.

Mas,esquizofrenias provisórias,advindas de cirurgias,são comuns.

Antigamente,eu tinha uma "subdivisão" na minha personalidade,meio semelhante ao daemon do dr.Sócrates,mas era uma vozinha perfeitamente irritante e inútil,que só sabia dizer "odeio você".
Apelidei esse "ser abominável" de Akheronte,que foi o também inútil daemon da Safo de Lesbos.
Não acho que tenha sido uma entidade,acho que era meu inconsciente mesmo.
Quando passei a fazer marcação cerrada contra minhas anemias frequentes,o "personagem" sumiu.

Idem,a doença da anemia,predispõe a sensibilidades assim.
Às vezes,eu dispenso isso,se não for para servir para nada.
Tchau e bença para os "Akherontes" da vida.

cometi... disse...

...dois ou três erros ortográficos,mas foi porque não revisei o texto nem uma vez.

tripitaka 748 disse...

ao sr.William,sobre o texto principal.

Oh,dó, ver o sr.falar assim.
Tenho certeza de que ninguém está tão sozinho.
Acredito que nossos "amigos de outros mundos" estão sempre transitando por perto,nossa sensibilidade é que atualmente,é fechada.

Tempos atrás,li a proposição de um filósofo que supunha que até uns dois mil anos atrás mais ou menos,todas as pessoas eram esquizofrênicas,ou seja,todas elas desconheciam o que era pensar por iniciativa própria,mas eram pensadas pelos pensamentos delas.
E isso lhes aparecia na forma de vozes internas.

Muitos antropólogos,cientistas e psiquiatras,descartaram essa teoria,a qual,apesar de bonita,estava errada.
Se isso já aconteceu na raça humana,pode ter sido há uns cem mil anos atrás,não há meros três mil anos.
Mas,acho que por questões metafísicas,e porque ainda precisávamos de "muito amparo invisível" para melhorarmos e mesmo,para construirmos valores sociais- tínhamos uma conexão muito clara com os mundos paralelos.
Esse não foi só um privilégio do dr.Sócrates,muitos eram assim,mas isso era tão comum,que a maioria nem mencionava o fato.

Safo de Lesbos- acredito,também tinha seus anjos da guardas visíveis,ou audíveis,assim como tinha a inútil companhia do Akheronte.
Isso não aparece na biografia dela,mas apareceu em minhas lembranças da vida dela,na infância.
Quando ela prepara aquele ritual forte, em que ela irá se preparar para abandonar o mundo comum(e virar uma freira,talvez),no alto do solar em que ela habitava(o conto foi publicado no blog Onírica)- ela está ouvindo a deusa Témis falar.
Quando assustada com o futuro que a espera,ela abre a janela para que a chuva molhe os incensos,e vai embora,ela ouve as reclamações de Témis,que chora,e diz que ela irá sofrer muito no futuro,por ter se recusado a cumprir "A Promessa"(nome do conto).
Eu tive o "insight" dessa história,aos catorze anos de idade.

Atualmente,minha mente tem dado nó em pingo d'água,para eu saber como eu vou cumprir esses "votos antigos" ainda na época atual.
Mas,esses são "outros quinhentos".

O importante,é que todos tinham alguma conexão concreta com o invisível naquele tempo,e esse foi um resquício da vida na Atlântida,quando as pessoas e os anjos conviviam no mesmo solo,e "mantinham a maior amizade".
Com o tempo,eles se tornaram invisíveis,mas ainda se faziam ouvir.
Decidindo sempre que precisávamos "crescer e amadurecer,tendo nossas experiências próprias",eles foram deixando mesmo de se fazerem ouvir tanto.

Continuam nos falando,mas pensamos que as idéias que temos são nossas o tempo todo.
Isso é para adquirirmos confiança em nós mesmos.
Portanto,sr.William,vc não está sozinho.
Quantas vezes,eu pensava num assunto,e quando vi,o sr.escreveu sobre ele aqui no blog.

Acredite,lendo suas prosas,eu passei a entender melhor o budismo,e nem religioso o sr.é.

Os "santos" de todas as hostes,costumam se comunicar conosco.

Dr.Sócrates- acho isso há um éon(fiuu...)foi um ingênuo.
Quando ele parou de ouvir o daemon,ele deveria ter feito uma festa,pois isso era sinal de que a Humanidade estava melhorando,e começando a prescindir de tanto amparo concreto.
Isso significava que ele havia finalmente,alcançado o objetivo de uma vida,que era o amadurecimento.
Ao invés disso,ele se chateou,e achou que era hora de morrer.

Todavia,sr.William,acho que o daemon continua bem aí,do seu lado,e sorrindo um pouco...(hehe...)

Isso é que nem quando as crianças viram adolescentes,e quando os adolescentes começam a ficar adultos.
Eles se afastam dos pais,que fingem não se importar mais com eles,mas que na verdade,estão sempre antenados em tudo o que seus filhotões estão fazendo.
Espiritualmente,ainda não chegamos aos ..."vinte anos".
Nossos anjos continuam do nosso lado.

A Promessa disse...


relembrem meu conto,reescrito umas cinco vezes.

Tive uma "visão lúcida" desse acontecimento,pela primeira vez,em 1.980,e pela segunda vez,poucos meses atrás.

Dr.Sócrates foi abandonado pelo Daemon,talvez porque já podia "se virar sem ele".
Safo,ao contrário,abandonou os deuses,antes de estar preparada para isso.

emaranhado 140 disse...

Acho que o texto que escrevi para replicar ao sr.William ficou bom,apesar da dissertação sofrível.
Ando evitando as revisões,para ver se melhorei muito meu modo de me expressar,nos últimos anos,com a prática.
Não sei,parece que melhorei,mas acho melhor voltar a fazer as "formatações" de sempre.

Daniel disse...

À srta Nihil.
Estou orgulho pela coragem com que me conta sobre estes acontecimentos. Creio que eles tiveram uma significativa importância para voce, até para a formação do que voce acredita existir hoje.
Meu pai diz ter encarado o demonio algumas vezes, e minha mae afirma já ter tido dessas percepções estranhamente loucas.
Minha irmã uma vez, ficou apavorada porque disse que viu como um vulto preto atras de mim enquanto estávamos todos reunidos em um quarto. Ela ficou pasma e tremula, enquanto eu jamais dei importância a nada disso.
Realmente, desde quando crescemos nós somos cercados dessas histórias que são perfeitas para serem o enredo de um clássico de filme de terror.
Mesmo porque com respeito à crenças a nossa tradição é até pior que as dos índios: céu, inferno, purgatório, limbo. Embora eu nao conheça muito bem como é a tradição indígena, eu posso garantir que nenhum deles que habita às matas tem medo do que não é palpável, ao contrário de nós que temos imenso pavor.
Isto é o que a tradição nos legou, um clássico do medo, algo que nos deixa burros, e atribuímos ao irreal coisas reais, e disso temos as mais pavorosas sensações.
Nosso consciente é condicionado a acreditar nessas coisas porque ouvimos e nos deixamos enganar que estas coisas existem, e pronto, esta ai um legado que jamais voce gostaria de ter herdado porque fato é que nada disso te faz ficar melhor.

Como se fosse uma benção poder ver o que os outros não veem.

Eu tinha curiosidade sobre algumas coisas e quando eu costumava pensar muito nestas coisas eu tinha pesadelos à noite. Só.

Talvez o medo do inexplicável em nosso tempo se configure como mera justificativa para agirmos como idiotas em pleno seculo 21.
Se eu quero ter uma sensação de pavor, basta que eu assista alguns filmes de terror, ou jogue jogos desse genero.

tripitaka 750 disse...

Aí residia o problema,Denytus.

Eu não tinha medo dos fantasmas que eu via,e continuo não tendo medo.
Acho que por isso mesmo,eles se cansaram de mim...(hahaha!)

Um bom dia a vcs.
Voltarei mais tarde,em corpo,mente e espírito.