quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Exercício de Filosofia

  "O Eu é o mestre do eu.
   Que outro mestre poderia existir?
   Tudo existe, é um dos extremos.
   Nada existe é o outro extremo.
   Devemos sempre nos manter afastados desses dois extremos, e seguir o CAMINHO DO MEIO."  
  [Buda]

  Qual caminho seguir?

  Não sei como é para outras pessoas, mas para eu ler tornou-se um processo automático ao extremo.
  Apareceu letras organizadas na minha frente é quase como se eu ouvisse uma voz, as coisas falam comigo.
  A embalagem fala comigo, a parede fala comigo, o outdoor, o folheto...
  Quando leio um pensador é como se ele estivesse ali falando comigo, gosto até de visualizar a foto ou imagem que fizeram dele.
  É evidente que vejo muitas letras, mas poucas me provocam.
  As que provocam fazem surgir automaticamente um texto que se eu não registrar de alguma maneira rapidamente é esquecido.

  Se a reportagem estivesse em um jornal ou revista [se fosse possível] eu recortava a parte que me interessava e guardava no bolso, senão sempre tenho uma caneta e um pedaço de papel onde escrevo rapidamente a frase ou caso que me provocou.
  Claro que como os textos vem em dezenas, muito material acaba sendo esquecido em uma gaveta ou quando vou publicar é uma notícia que já não está em destaque, passou o momento ideal de comenta-la.

   Sou muito fã da tecnologia porque ela amplia muito nossas possibilidades, nossos horizontes.
  Encontrei um Smartphone não muito caro e com boa câmera, agora é rápido fotografar as letras que me provocam e manda-las via e-mail para meu computador, tudo limpo e organizado.
  Nem tudo se transforma em textos porque decidi publicar menos e dormir mais, mas a vantagem é que não ocupa espaço.
  Minha bolsa e gavetas eram cheias de páginas de revistas, recortes de jornais, rascunhos.
  Veja essa matéria que fotografei de um Jornal da Unicamp [08/09/2013] e depois pesquisei na Internet.

   “Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, interior de Minas Gerais, em 1914.
  De família muito pobre, era órfã de pai (ou não o conheceu) e, trabalhando na lavoura e estudando apenas até o 2º ano, percebeu que seu futuro seria continuar labutando a terra ou virar empregada doméstica.
   Partiu para a região de Ribeirão Preto no desejo – ela conta em suas memórias – de chegar a São Paulo e ser alguém.”
[Jornal da Unicamp]

   Tentei colocar o link do Jornal, mas não funciona, tiraram de propósito?
   Ainda bem que temos a Wikipédia

  Se concentre na vida de Carolina.
  Quero que você leia a matéria e depois analise seus "sentimentos" sobre ela, escreva um texto rápido justificando argumentativamente suas opiniões.
  O próximo texto que publicarei será meu texto que ficou pronto assim que li a matéria.
  O objetivo é a comparação das opiniões, você mesmo buscará a conclusão de qual opinião ficará melhor fundamentada, claro que pode ser a sua, eu não sei o seu sentimento ou o que pensará a respeito.
  Espero que se você tiver uma argumentação melhor não perca a oportunidade de compartilhar com outros leitores, prometo que não haverá nenhum tipo de censura...desde que não seja algo ilegal.

  Para tornar interessante vou antecipar parte do meu raciocínio.

  Acredito que a maioria verá a história de alguém sendo explorado pelo "Sistema" ainda mais a pessoa sendo mulher e negra.

  Sei que 99% dos leitores preencherão as lacunas da matéria com conceitos marxistas/socialistas é isso mesmo que eu espero.

  [Vou "desconstruir" a matéria usando conceitos "Liberais/Capitalistas".]

  Faça esse exercício, escreva seu texto, depois compare com o meu.
  Isso é mais importante do que você pode imaginar, muitos defendem por exemplo que a Cidade é o que o Prefeito faz dela.
  Claro que como chefe do executivo ele tem um peso enorme nos caminhos que a cidade irá seguir, mas:

  A Cidade é a IDEIA que seus moradores tem de como deve ser uma cidade.

  Calma que isso é ainda mais complexo.
  Para alcançar o objetivo é preciso seguir um caminho e esse caminho também passa pela opinião dos moradores, é ela que elege os políticos.
  Um exemplo:
  Na idéia que os cidadãos tem de uma boa cidade não cabe a existência de mendigos, pelo menos nunca vi alguém achando legal ver pessoas dormindo na rua.
  Nunca vi nenhum político se eleger prometendo trazer mais mendigos para a Cidade.
  Se a população acredita [tem o pensamento, a ideia] que deve “fazer o bem sem olhar a quem” ela elegerá um Prefeito que siga esse caminho, a Cidade será um bom lugar para os mendigos se estabelecerem e provavelmente os atrairá.
   


  Aqui em Campinas o ex-prefeito Francisco Amaral permitia muito facilmente a invasão de terras e os cidadão achavam isso muito bonito da parte dele o resultado foi a atração de invasores de todo país e agora temos grandes áreas de invasão com todos os problemas que elas acarretam.
  Hoje em dia um Prefeito que seja conivente com invasões não terá o apoio dos Campinenses [ficamos traumatizados].

  Fica claro que a idéia que você tem de como deve ser sua cidade e os caminhos que você acha que devem ser seguidos definem a qualidade de vida na sua cidade SE A MAIORIA TIVER OPINIÕES PARECIDAS.

  Perceba a importância desse texto, ele abrange todos os detalhes da vida em comunidade que vai do convívio familiar até a “aldeia Global”.
  Ele realça a importância de termos bons argumentos para defendermos nossas opiniões e mudar de opinião caso nossos argumentos deixem a desejar isso é chamado de PRAGMATISMO.

  Um último exemplo:
  A maioria é da opinião que devemos pagar mais aos professores para conseguirmos uma educação “escolar” de melhor qualidade.
  Eu sou da opinião que a maneira como enxergamos essa profissão é falha, há indivíduos [e não são poucos] que não tem capacidade para dar aulas e paga-los melhor não irá fazer diferença.
  Se eu fosse candidato a Presidente jamais seria eleito com uma “ideia” dessa porque não está de acordo com a “ideia” da maioria.

  Como Livre Pensador não tenho a ilusão que seria fácil eu me eleger para qualquer coisa, mas posso difundir a força dos meus argumentos para quem sabe um dia minha opinião alcance a maioria e políticas mais inteligentes/realistas sejam adotadas.

   




👩 “Os educadores formam as pessoas e são totalmente desvalorizados!!
   Só nesta terra de ninguém mesmo...”
  [Comentarista no G+]         
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  Totalmente desvalorizados!?
  Que grande exagero.
  Professores são muito “santificados”

  A “humanização” do professor está ocorrendo no mundo inteiro.

  Aqui no Brasil parece que concluir um curso de magistério transforma o cidadão em Santo!
  Padres e professores tinham um certo monopólio do conhecimento, hoje o conhecimento está mais disponível a todos.
  Padres e professores não são mais idolatrados por motivos óbvios.
  Qualquer um que sabe ler pode ensinar outra pessoa a ler e a pessoa lendo a aquisição de conhecimento é ilimitada, não precisa do padre e do professor para lhe guiar.
  Qualquer um tem acesso a leitura da Bíblia.

  O professor de Edison não inventou a lâmpada elétrica.
  Ensinar o funcionamento de uma lâmpada incandescente qualquer um pode fazer, não precisa do padre ou professor.

   As escolas são um meio eficiente que a humanidade encontrou para difundir conhecimentos.
   Eu posso fazer pão em casa, mas deixar a padaria fazer é melhor, mais eficiente enquanto eu trabalho em outra coisa.
  Posso ensinar minhas filhas em casa, mas é mais eficiente elas terem um lugar apropriado com um profissional que se dedique a isso.
   Trabalhei muito tempo fazendo óculos que muitos professores usam.
   Eles davam aulas eu fazia óculos, cada um fazendo sua parte para que a sociedade funcione...

   Não reconheço nenhuma “santidade” em padres e professores.
   São tão humanos quanto eu.

  Essa ideia entra em sua mente?






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