segunda-feira, 16 de abril de 2012

Estatuto da Terra

  “Estatuto da Terra/Reforma Agraria tem como principal objetivo efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social.”

   Esse é um resumo do que leio nas matérias sobre ocupação de terras no Brasil.
  Leia o que é ministrado em nossas escolas: Brasil Escola

  Como sei que a maioria não vai clicar no link separei alguns trechos que deixam claro o "esquerdismo".

  “Latifundiários (proprietários de grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada)”


  Se você é legalmente dono de 10 hectares de terra, porque deve ser obrigado a cultivar em toda sua propriedade!?
  Para a “direita” propriedade particular é ... propriedade particular (é difícil explicar o obvio).
  Por isso quando alguém do polícia quer entrar na sua casa precisa de um mandato judicial.
  Se você tem uma fazenda, paga os impostos cabíveis, não está cometendo nenhum crime ambiental ou jurídico ... a propriedade é sua, se não quiser produzir absolutamente nada, deixar a mata intocada, para o “pensamento de direita” não tem nenhum problema.

  “No entanto, esse estatuto não é posto em prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes latifundiários.”

  Famílias camponesas “expulsas” do campo.
  Imagine seu filho lendo isso na escola.
  Mais uma vez ... a “direita” defende a propriedade.
  Se a família tem posse legal de um sitio um governo de direita vai respeitar e defender essa posse.
  Se estão sendo expulsos isso é caso de polícia não de “reforma agraria”.

  “A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras, entre elas podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais (latifundiários),” – “essas famílias que recebem lotes de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas, os assentamentos necessitam de infra-estrutura,”

    O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) exerce grande pressão para a distribuição de terras, sendo a ocupação de propriedades consideradas improdutivas sua principal manifestação.”

   Vejam que o “latifundiário” é um monstro contra os “camponeses”.

   Vejam que não basta dar a terra, é preciso dar também adubos, sementes, maquinas.
   Fala de “financiamento”, mas sabemos que é emprestar dinheiro a fundo perdido.

  Vejam que a exaltação ao MST é explicita.

“A obtenção de terras através da compra é muito criticada, pois a União, ao pagar pelo imóvel rural, proporciona as condições para permitir a reconversão do dinheiro retido na terra em dinheiro disponível para os capitalistas-proprietários de terra.”

  Ou seja, o Estado deve simplesmente confiscar a propriedade do “capitalista proprietário de terra”.

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  Qual a "função social" da terra?

   Até pouco tempo olhávamos apenas para produção de alimentos, mas hoje (com maior consciência ambiental) deixar a mata intocada não é mais um grande "sacrilégio" para humanidade.

    O que é um "latifúndio improdutivo" senão uma grande extensão de terra onde a vegetação e fauna permanecem intocadas.

  Claro que a produção de alimentos continua importantíssima e pela lógica antiga não podíamos "desperdiçar" terra agricultável ou que service para criação de gado.
  Não podíamos permitir que nada prejudicasse a "função social" da terra de produzir alimentos.
  Entretanto com avanços tecnológicos conseguimos produzir grande quantidade de alimentos.
  O que conta agora não é tanto a quantidade de propriedades rurais, mas a eficiência de como são administradas.

  Vamos para uma ilustração mental paralela.


    Rolls-Royce é uma conceituada empresa britânica.
  Sinônimo de qualidade e alto padrão de conforto no mundo, tornou-se famosa pela fabricação dos automóveis mais luxuosos do planeta.
[Wikipédia]

  No Brasil você não consegue comprar um carro 0 Km dessa marca por menos de 1 milhão de reais.
  São usadas nos  carros peças de primeiríssima qualidade, mas o que encarece mesmo é sua produção quase artesanal.
  No passado os carros não tinham grande qualidade, mas custavam caríssimo, justamente porque tudo era feito de maneira artesanal.
  Henry Ford desenvolveu um método interessante para produzir automóveis, foi chamado de LINHA de PRODUÇÃO.
  Quem se interessar é só clicar produção em série.
 
  Produzir artesanalmente nem sempre é garantia de melhor qualidade.
  Nos dias atuais em se tratando de qualquer produto que exija precisão é garantia de falta de qualidade.

  No caso da Rolls-Royce eles se dedicam a um nicho de mercado de alto luxo então podem colocar excelentes matérias primas e usar funcionários com altíssima especialização que por isso recebem bons salários.

 Para nossa meditação o importante é entender que produzir artesanalmente sai caro, produzir em escala industrial barateia bastante qualquer produto, inclusive ALIMENTOS.

  Qualquer um que vai ao supermercado e encontra aqueles produtos sem agrotóxico produzidos por pequenos agricultores sabe que eles são bem mais caros.
  Os produtos orgânicos necessitam de praticas artesanais que diminuem muito a produtividade sem melhorar significativamente a qualidade do produto.

  Para produzirmos alimentos em escala “industrial” precisamos de grande extensão de terra.

 Uma colheitadeira nova custa em torno de "400 mil reais" (Abril de 2012), não compensa um pequeno produtor investir tanto dinheiro em uma maquina dessas, alias ele dificilmente teria como pagar.
  Dividir maquinas desse tipo é sempre muito complicado, quem de nós curte ficar emprestando carro para os outros?
  É, podemos alugar, mas os custos são altos. 
  Quem aluga não quer ficar no prejuízo.

  O Wagner do Site Brasil Escola  sugere que a “sociedade” pague as maquinas, dê o dinheiro ou empreste a juros baixíssimos, pague o engenheiro agrônomo, forneça os grãos... porque assim estaremos usando a terra com “justiça social.”
  Você concorda com ele né?
  Lembre-se do ÓBVIO, a “sociedade” somos nós.
  O dinheiro para tudo isso sairá da arrecadação de impostos, não do bolso de deputados, prefeitos, governadores, presidente.
  E não pense que o alimento irá chegar mais barato em sua mesa por conta de todo esse sacrifício, não tem como.

  Se a Rolls-Royce quiser vender seus carros ao preço do Ford Ka terá que montar uma linha de produção muito semelhante a da Ford, não existe formulas magicas.

  Quero dizer que esta Reforma Agraria de dividir o Brasil em pequenas propriedades é coisa de comunista maluco, ou ignorantes que não se interessam pela historia da humanidade, não tem como dar certo.
  Quem se interessar por história pode verificar que todos os países Comunistas em vários momentos passaram por forte desabastecimento de alimentos.
  Este negocio de agricultura familiar é coisa do Feudalismo, não tem como dar certo em um mundo com 7 bilhões de pessoas, precisamos produzir alimentos em ESCALA INDUSTRIAL, para isso precisamos de grandes propriedades, precisamos dos LATIFÚNDIOS.

  Por isso que o Governo Militar desistiu de aplicar a ferro e fogo o Estatuto da Terra, esse negócio de pequenas propriedades e agricultura familiar é uma grande, uma enorme roubada.

  Um cunhado da minha esposa (Pedrão) gosta da vida no campo, juntou um dinheiro, vendeu sua casa no centro e comprou uma chácara quase na divisa de Campinas, ele vive bem, do jeito que gosta, sua plantação é artesanal, gera pouco excedente, ele não vive disso, vive da aposentadoria.
  Por mais dinheiro que você coloque nesse tipo de agricultura o cidadão acaba produzindo pouco mais que para sua própria subsistência, não produz “excedentes” para serem comercializados.
  Se você gosta da vida no campo, trabalhe, junte dinheiro e adquira uma PROPRIEDADE lá.

  Pensem bem,  se a agricultura familiar não supre a necessidade de produção de alimentos deveremos acabar com os prédios de apartamento, pois todo mundo teria que ter um grande quintal porque a comida fatalmente ficaria muito cara.
  Com grandes quintais a ocupação humana cobriria ainda mais espaço no planeta... isto sendo bem otimista, porque sendo realista a mortandade por conta da fome seria tão grande que a população seria reduzida rapidamente.

  Um cidadão faminto é capaz de fazer qualquer coisa para conseguir comida e mesmo quem por sorte tivesse mais acesso a comida estaria sempre correndo risco de revoluções e invasões, um cara que esta morrendo de fome e vendo seus filhos morrerem de fome não tem absolutamente mais nada a perder.
  Isso que estou resumidamente contando aos senhores é a historia da humanidade lutando por terra e comida.

  Se temos maior estabilidade social e respeito as fronteiras das nações é porque produzimos alimentos em escala industrial.

  A melhor função “social” da Terra é produzir comida e não conseguimos fazer isso eficientemente com a reforma agraria nos moldes comunistas.

  No texto do professor Wagner não há nenhuma isenção ideológica.
  Os capitalistas proprietários de Terras são o mal a ser combatido, não deveriam nem ser pagos pela tomada de suas terras.
  Já o MST é um movimento “purificador” do Campo.
  É isto que os professores de Geografia como o Wagner passam para nossas crianças.
  Por favor não acreditem em mim. 
  Pesquisem de como é a agricultura comunista e depois a confrontem com a capitalista.
  Os inteligentes e iluminados judeus tentaram a agricultura comunista através dos Kibutz, nem eles conseguiram.
  (Podemos dizer que nem o Deus de Abraão conseguiu que esta po##a desse certo!)
  Desculpem o desabafo, mas a dificuldade das pessoa em observar o ÓBVIO e ficarem alimentando ilusões comunistas é um tédio...





   "Enquanto que os kibutzim foram durante várias gerações comunidades utópicas, hoje eles são pouco diferentes das empresas capitalistas às quais supostamente seriam alternativa.
  Hoje, em alguns kibutzim há uma comunidade comunitária e são adicionalmente contratados trabalhadores que vivem fora da esfera comunitária e que recebem salários, como em qualquer empresa capitalista."
☛ [Wikipédia]



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