quinta-feira, 12 de abril de 2012

Fidelidade Canina

  “Queria que as pessoas fossem mais parecidas com os animais.
  Os animais não tentam te mudar nem te encaixar no padrão.
  Eles simplesmente apreciam a sua companhia.”
   [Post no Face]

  Dos cães só exigimos que nos façam companhia, em troca lhes damos comida, proteção, carinho e abrigo.
  Com as pessoas as exigências são bem maiores, queremos que elas sejam independentes e mais que companhia queremos que "nos façam felizes", nunca nos decepcionem. 

  Eu prefiro conviver com pessoas que outros animais.

  Não "exijo" nada em troca, podem me fazer companhia quando puderem ou quiserem.

  Sei que felicidade não existe, não faz sentido eu exigir isso das pessoas. 

  Não sou exatamente como cada um queria que eu fosse, logo, não posso exigir algo que não estou disposto a oferecer ou não consigo oferecer ... cada um tem sua própria natureza.
  Exemplo, não sou uma pessoa "carinhosa", quem espera que eu seja assim, vai se decepcionar.

  Lembrei de uma frase:


 “Não procure por amigos, procure ser amigo.”


  Fazemos tudo para sermos amigos dos cães, já com relação as pessoas procuramos por amigos...é uma relação um tanto injusta.

                                               

  Lembrei dessa matéria que li na Veja.

 (O link não funciona mais)
  O entrevistado era um morador de rua que andava com vários cães.


Veja - Você é feliz com a vida que leva?

João - "Ninguém é feliz.
  As pessoas mentem que são felizes, é uma fantasia humana.
  Eu tirei os cachorros da rua e são muito amados, coisa que nunca tiveram.
  Eu os amo, por sua lealdade e por seu amor incondicional".

Veja – Os cães são sua companhia?

João – “São mais que companhia, são meus filhos". 

Veja – As pessoas não se intimidam com a quantidade de cães que andam com você?

João - "Algumas reclamam, mas a questão é ignorância.
  Não entendem que os cachorros se aproximam tentando dar carinho".

Veja – Como sustenta os cães e a si mesmo?

João – “Pessoas me ajudam.”

Veja – Então convive bem com outras pessoas?

João – “Eu prefiro os cachorros que os homens.
  A humanidade só cria monstros, como esses delinquentes que praticam violência".

Veja – Você tem filhos?

João - “Tenho três, moram com a mãe, nunca casei.
  Quando eram pequenos, dei o que pude, agora já perdi contato com eles.”

Veja – E hoje?

João – Sou solteiro vivo com meus sete cães.
   Ás vezes me canso, mas meus cachorros “precisam” comer todos os dias.

  João Tomaz da Silva, clap, clap, clap! 
  Que homem maravilhoso!
  Pelo menos foi isso que li nos comentários sobre a matéria.

  Eu achei a história deprimente.
  Claro que tem indivíduos bem piores que o João ... ladrões, assassinos, corruptos, terroristas ... mas daí a achar o cara um ser "maravilhoso" (pelos meus padrões) há uma distância enorme.

  Analisemos:

  O "maravilhoso João" colocou 3 crianças no mundo, nunca casou, quando elas eram pequenas ele deu o que pode.
  Elas que se virassem com o que ele não podia dar, quem sabe, talvez comida.😟  
  Os filhos moram com a mãe, ele não sabe ao certo não tem contato.
  Com os cachorros é diferente, ás vezes o João se cansa, mas sabem como é os cachorros precisam comer todos os dias e os filhos ... não são responsabilidade dele, estão lá com a mãe.

  João sustenta seus "filhos cães" com a ajuda de pessoas, mas a humanidade é má por natureza, "cria monstros", ele prefere cachorros.

  O que torna João tão maravilhoso, uma pessoa melhor que todas as outras?
  Bom pai, não.
  Bom marido, não.
  Bom profissional, não.
  Bom pagador de impostos, não.
  Cuida bem de locais públicos ... com sete cães vivendo na rua .. quais as chances!? 

  No final da matéria discordei de todos os comentários sobre João ser maravilhoso, um exemplo de humano a ser seguido.
  Porem concordei com João.
  
  Há cães melhores que “alguns” seres humanos, seres humanos como esse tal João Tomaz.

  Os cães tem a atenuante de uma consciência pouco desenvolvida, pela lucidez da entrevista, não ter consciência foi uma opção do João...


  



PS: As pessoas que idolatram os cães dizem que eles são companheiros fiéis.
  Minha mãe tem um cãozinho, o Scuby, se deixar o portão aberto ele sai para rua e só volta quando sente fome, se encontrar uma cadela no cio pode esquecer.
   Os cães que se perdem na rua, se encontram alguém que lhes dê comida imediatamente aceitam esse novo “dono”.
  Para vocês SENTIREM a patetice da coisa é como se eu dissesse que minha esposa é companheira  fiel desde que eu a tranque em casa ou a prenda com uma coleira!!!!
  Mas, sei lá, o Scuby deve ser diferente dos outros cães, seu cãozinho deve ser fiel/companheiro e você nem precise dar comida, proteção, carinho e abrigo.
  Sei que é repetitivo, mas:
              “A idolatria é uma força que desconheço.”
Repense