quarta-feira, 25 de julho de 2012

Preço da Liberdade


  “É um estranho desejo, desejar o poder e perder a liberdade.”
 [Francis Bacon - Inglaterra 1561 a 1626]

  Gostaria de ter muito poder e dinheiro, mas se o preço é perder a liberdade a situação não me atrai.

  Entendo que ser famoso e/ou endinheirado atrai a cobiça e atenção de muitos, é necessário a proteção de seguranças, mas esse preço eu estaria disposto a pagar.
 
  Falo daquela situação que o indivíduo faz algo ilícito para conseguir poder e dinheiro.
  Não é da minha índole cometer crimes, mas mesmo que ocorresse uma grande tentação, a simples possibilidade de eu ir preso me faria desistir da ideia.

  Vejam esse caso:

 “O agente prisional Eduardo Carlos da Silva foi preso em flagrante quando tentava entrar na Penitenciária Capão Grande, localizada em Várzea Grande, com porções de cocaína, sete aparelhos de celular e três chips.
  De acordo com o boletim de ocorrência, Eduardo Carlos teria recebido os entorpecentes e os objetos de uma mulher, parente de um dos presos.
  Ele seria responsável por entregar os celulares e as drogas aos reeducandos.”


  Suponhamos que o agente ganhe 2 mil por mês, sei que não é um salário maravilhoso, mas dá para ir tocando a vida.
  O cara participou de uma falcatrua, além de perder a renda mensal perdeu também a liberdade.
  Eu não arriscaria.
  Liberdade para mim é um bem muito valioso, abriria mão tranquilamente do dinheiro extra por maior que fosse.
  Quero ser livre para me prender em casa ... 😄

  Não é só o risco de perder a liberdade, a vida no crime é adrenalina demais para mim.
  A polícia no Brasil mata muito, a possibilidade de um criminoso morrer cedo é bem alta.
  Como se não bastasse ainda tem acerto de contas, rixa entre gangs.
  Os próprios bandidos se matam e muitas vezes com requintes de extrema crueldade.
  Isso vai contra meu desejo de vida longa e próspera.

  Na “alta sociedade” os riscos também não são desprezíveis.

  Vejam o caso do Carlinhos Cachoeira, poderia estar vivendo uma ótima vida com tudo do bom e do melhor, mas quis ter poder sobre todo o Brasil, agora está em sérias dificuldades.

  “O nome de Carlinhos Cachoeira ganhou repercussão nacional em 2004 após a divulgação de vídeo gravado por ele onde Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil José Dirceu, lhe faz pedido de propina para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro no Rio de Janeiro.
  Em troca, Diniz prometia ajudar Carlinhos Cachoeira numa concorrência pública carioca.
  A divulgação do vídeo se transformou no primeiro grande escândalo de corrupção do governo Lula”

  Fico impressionado com pessoas que ganham 7, 10, 15 mil e se arriscam em esquemas ilegais apostando todas suas fichas na impunidade.

  A Rosane “ex-Collor” disse em entrevista que nunca trabalhou na vida, foi impedida pelo marido (que dó) e que por isso não acha justo ganhar uma pensão de apenas 18 mil!!
  Ela querer mais porque Collor pode pagar é uma coisa, mas argumentar que ganhou o direito de “não trabalhar” por “ser do lar” ... nem sei o que dizer.
  Ela é o tipo de pessoa que se envolveria facilmente em esquemas fraudulentos ou seria conivente com eles.
 
  E você?
 Por quanto arriscaria sua liberdade?

  Quanto mal está disposto a praticar ou ser conivente apenas por poder e dinheiro?


 









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21 comentários:

William Robson disse...

"Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos". Dizem que a frase é de autoria de Einstein.

SONIA

William Robson disse...

“Como podemos ser originais, se nem pra prestar atenção nas diferenças somos capazes?
Como ser original se fazemos parte de apenas um modelo de idéia?” [Fabricio]
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Este é mais um grande paradoxo, se as pessoas são tão lindas sendo originais porque se esforçam tanto para serem cópias?

http://terapiadalogica.blog.terra.com.br/2011/10/20/sobre-copias/

SOBRE CÓPIAS

Encrenca 975,de bom dia ao sr., disse...

Vou relatar um sonho lúcido desses dias,bem depois de encerrar o ano que passei turbilhonando sobre o "passado mítico".
Será uma leitura de passatempo.

Dr.Sócrates deixou de ser "escolhido" quando o daemon foi embora.
E Safo deixou de ser escolhida,por cometer um erro.
Não foi nenhum dos erros históricos conhecidos.
Foi ela quem abandonou seus "daemons".

Nessa época,essas "vozes internas" eram comuns a alguns.
Atualmente,esse fenômeno,é visto como esquizofrenia.
Uma vez que ainda estávamos formando todos os conceitos de vida que precisávamos ter,tínhamos um amparo "a mais",do Desconhecido.
Em certos locais,os céus se abriam,e Deus falava com o povo.
Em outros,
os devas ficavam perto,dando conselhos de graça.
Nem todos,porém, contavam aos outros que "ouviam vozes".
No caso dela,tais vozes sempre apareciam depois de cerimônias religiosas importantes,que ela produzia especialmente só para si mesma.
As que ela produzia para os outros(casamentos,etc)não contavam.

Velhinha, subiu ao "solar" para se ajoelhar na frente de deusa Hera,e depois,na frente de deusa Témis,e agradecer-lhes por tudo o que recebera naquelas décadas.
Cometera alguns enganos,mas conseguira contornar as consequências.

Cáraxos havia muito,voltara para casa.
Os nove livros que divulgara,nos quais contava sobre os prejuízos que Áttis tivera,ao ser retirada da sua escola,haviam feito os pais dela ficarem com dó,e lhe darem permissão de se casar.
Agora,sua pupila era uma mulher menos infeliz.(depois de ter sido fechada num convento,por anos)

Sua filha Kleines,tinha boa saúde,e era uma competente artesã.
Permanecia solteira(por opção).
Seus parentes todos,haviam corrido perigos durante suas vidas,mas agora estavam bem,e os netos,já eram adolescentes.
O amigo Faón se aposentara de sua perigosa profissão de barqueiro,e se tornara comerciante.

Jamais perdera suas condições de vida,nem precisara se mudar de Metilene,para sobreviver.
Fizera as pazes com Pitaco.
Fôra à casa dele,várias vezes,e soubera que quando deixara de fazer isso um dia,ele reclamara.
Disse que "estava aprendendo a gostar de conversar com a excêntrica".

Apesar dos joelhos doloridos,ainda conseguia ensinar dança.(atualmente,eu,como Nihil, irei fazer um tratamento médico para isso.
Ela reclamou do caso,numa das suas últimas poesias).

Têmis lhe assomou,como se falasse ao pensamento,lembrando-lhe que ela tinha uma coisa importante a fazer.
Era a cerimônia do solstício de inverno.
Derramou em sua memória,uma lista de procedimentos.
Mais uma vez,a velha garota,(cinquenta e dois anos nessa época,era "idade demais")ficou efusiva,pois suas lembranças andavam lentas.
Precisava fazer a cerimônia.
Deveria chamar a filha?
Não,a sua menina a achava maluca,com aquelas manias religiosas.
Kleines "não ia muito com a sua cara",por causa da vida instável a qual fôra submetida na infância,com a convivência com a escola de dança,e atualmente, amava ao silêncio,mais do que a tudo.
Escrevia bastante em seus papiros,mas sempre os destruía,embora fôsse poeta,como ela,sua mãe.
Não queria,contudo,ser famosa.

Têmis disse que "Kleines já tinha seus méritos irretocáveis."
Estava segura para sempre.
Quem importava,era ela,Safo.
Era bom que o evento,fôsse individual.

Ela havia sido a grande humanizadora do paganismo.
A "bonequinha de piano de brinquedo",estava avisada que suas ações influenciariam gerações a perder de vista,e aos novos deuses e santos.
Não estivera sozinha em tal iniciativa,mas ainda assim,fôra grande a vantagem que fizera.
Em outras nações,o paganismo ainda estava atrasado.
Em suas "visões fantasmáticas" esporádicas,vez por outra,divisava guerras fratricidas,promovidas em nome de deuses mal interpretados.

segue

975,parte 2 disse...

Ela fôra "escolhida" como um dos muito atenuadores da religião.
Verdade que sua tarefa era um pouco secundária.
Haviam -e haveriam ícones melhores do que ela no futuro,mas seu nome colaboraria na geração espiritual desses ícones.
Todos os serviçais dos deuses,eram privilegiados,e sem um deles,a construção do "novo mundo" ficaria capenga.

Ela escutava essa prosa da "daemon",enquanto realizava oblações.
Queimava incensos,e pétalas de rosas.
Rezava a todos os deuses.
Lá fora,o mar se agitava,contíguo à cidade.

"_Agora,filha,vc precisará se predispor ao sacrifício.
Precisará cumprir a promessa que fez.
Por causa dela,vc teve tudo o que quis.
Vc foi importante para seus entes queridos,e seu nome jamais sairá dos compêndios históricos.
Todavia,faça sua parte."

"_Dona Têmis,mas para obter o que eu obtive,eu trabalhei demais.
Isso por si só,já não pagou uma parte da dívida?"

"_Os deuses orientam atitudes,ações e empenhos.
Sem a ajuda deles,oblações e sacrifícios,pouco resolvem.
De todo modo, não é de hoje que vc vêm fazendo a mesma promessa."

Sobreveio-lhe a vaga lembrança de uma vida num lugar distante,parecido com a Lídia,onde fôra vestal.
Os deuses ali,pareciam gostar de sangue.
Todavia,ela se tornara vestal,para tentar inutilmente,ensinar às pessoas que os deuses eram bondosos.
A lembrança logo se apagou.

Uma série infinda de outras imagens curtas lhe sobreveio.
Então,entendeu a extensão do que prometera,quando menina.
Ou julgou haver entendido.
Na verdade,ela não sabia nada...
Tudo o que estava lhe sendo pedido,era apenas a boa vontade em relação a um desejo antigo que expressara.

O céu ia se fechando lá fora.
Uma chuva ameaçava cair.
Raios afundariam mais alguns barcos.
Imagens trágicas lhe assomariam à mente.
Elas se mesclariam a outras imagens.
Um dia,os mares estariam pontuados de cem vezes mais barcos,do que os que os que boiavam agora nas superfícies.
As cidades substituiriam as florestas.
Os alimentos seriam caros,e disputados.

A vida viraria uma causa perdida.

Ela não tinha competência para fazer o que prometera um dia,fazer.
Não queria mais nada disso.
Queria ser como uma criança que brincava,inocente e tolinha,nas areias escuras de Monte Eressos.
Jamais gostara de lá,onde passara a infância,sem nunca ter visto seu pai.
Por isso,quando se mudara para Metilene,e finalmente,conhecera o senhor negro,se entusiasmara com ele,passando a tê-lo na conta de um sábio.
Ele lhe incentivara a promessa que fizera aos deuses.
A de passar a "vida em oblação" caso fôsse atendida em seus pedidos importantes.

Isso,sob meu ponto de vista atual,significa que ali,e que em algumas vidas subsequentes,ela abriria mão da vida particular,para ter uma carreira religiosa,ou para ter uma profissão eminentemente intelectual- caso se predispusesse a "fazer sua parte no trato".
Bem posteriormente,ainda poderia ser uma vez,uma freira católica,antes de retomar a "vida normal".

Imaginando prever as consequências,e receando que acabasse enlouquecendo,por "desistir do mundo",ela se concentrava na infância passada no pior lugar que havia na terra.
Talvez, muitas vidas atrás,estivera entre as vítimas do vulcão que explodira ali,e por isso,jamais sentira saudades daquele eremitério,embora,ao seu modo,houvesse sido feliz,subindo e descendo colinas e elevações -como toda criança levada fazia.
Numa delas, fizera sua primeira prece.
Queria ir para um lugar onde houvessem flores.
E foi atendida nisso,pouco tempo depois.
Em Metilene,nasceram-lhe os irmãos...todos bem mais jovens do que ela.

segue

William Robson disse...

“O sulfato de ferro serve de alimento para fitoplânctons, base da cadeia alimentar nos oceanos. Estes organismos microscópicos capturam CO2 para o fundo do mar e, assim, contribuem para amenizar o aquecimento global. Há, no entanto, regiões no oceano em que a quantidade de ferro é insuficiente, o que dificulta o crescimento do plâncton. Um destes pontos foi o eleito pela equipe do AWI.” [O Globo]

INTERESSANTE

William Robson disse...

"Podemos evitar parte dessas mortes com a tecnologia", afirmou Besaliel Botelho, presidente da Bosch na América Latina. Ele se refere às dez mil mortes envolvendo motociclistas no Brasil em 2011, 25% das 40 mil mortes de acidentes automobilísticos registradas pelo Ministério da Saúde.[EPTV]

MAIS TECNOLOGIA

975,parte 3 disse...

Desejou naquele momento,estar na casa de uma das suas antigas amigas.
Elas eram felizes,e seus filhos viviam bem.
Os amigos Arquilôco e Alceu,prosperavam em Atenas.
Ela veria de novo, a carta em papiro que recebera de Dhorikkha,a egípcia.
Onde lhe pedia perdão pelo transtorno que causara a um parente seu,e onde contava que tentara ressarcir-lhe os prejuízos.
Convidava-a para uma visita em sua casa.

Nesse momento,até uma viagem por mar,para uma terra desconhecida,lhe pareceu melhor do que encarar a promessa que fizera um dia.
Meditando,ela fixava-se na despreocupação que queria viver.
De súbito,apagou os incensos,e abriu a janela,para que a chuva molhasse tudo.
Foi embora sem uma despedida para os deuses,os joelhos doendo.

Os dias se passariam,ela não pensaria mais no assunto.
Em sonhos,Têmis,assombrar-lhe-ia.

"_Você enlouqueceu?
Agiu como uma menina que fugiu do casamento,ou da escola!
Vá ao solar.
Vai lá agora.
Quero ouvir de você,sua decisão.
Não funciona,sair correndo".

"_Você já sabe minha resposta.
Eu não quero mais nada disso.
Por favor,me livra desse futuro."

"_Você vai precisar fazer uma renúncia formal."

Dias depois,outra cerimônia entraria em curso.
Ajoelhada,a moça neguinha,pedia aos deuses para "livrarem ela da promessa que fizera".
Não tinha competência para cumpri-la,e pedia perdão por haver um dia,haver ofertado mais do que podia dar.
Não fôra egoísta,apenas cometera um grande equívoco.
Ela seria eternamente grata pelas benesses que recebera,mas estava simplesmente,adiando para uma data indefinida,sua oferta antiga.
Ela não era nada.
Ela não tinha caráter,nem estrutura,nem firmeza.
Pessoalmente,não conseguira proteger nem a quem mais amara,que fôra Áttis.
Não ia conseguir ser uma boa "eminência parda" a favor do nome de Deus.
Ademais,precisava admitir.
Não era santa,e gostava da vida comum.
Idem achava que sua tarefa de "humanizadora do paganismo" já fôra um presente que dera aos santos.

Uma voz lhe sopraria,

"_vc recebeu com isso,muito mais do que ofertou,sua tola..."

"_eu não sou competente para quase nada,meus queridos..."

Uma outra tonalidade,muito fria,lhe disse,

"_Vc pensa que a vida é um eterno passatempo.
Mas ela é um embaraço enorme.
Veja o sofrimento pelo qual passam as outras pessoas.
Imagine o sofrimento maior dos não gregos,e dos índios nas terras inóspitas do "Mundo Fantástico".
Muitos deles,não chegam aos vinte anos de idade.
E vc, chegou à velhice,tendo uma vida incomum para uma mulher,e ainda cuidou de muita gente.
Mas,não deseja pagar "o restante da dívida moral".
Sua vontade será respeitada.
Mas,estamos tristes.
Pensávamos que a havíamos fortalecido.
Agora,iremos ver nossa pupila, retrocedendo.
Irá perder tudo.
Não será por nossa culpa,por favor,jamais nos acuse."

Numa visão insólita,um monte de fragmentos do futuro,lhe apareceriam.
Ver-se-ia em muitos personagens sofridos,mas todavia,notaria que eles tinham uma coisa em comum,entre si,
_permaneciam eternamente, umas crianças.

Era essa a benção que lhe importava.
A da inocência.

Uma voz chorosa ao seu lado,que parecia a da sua mãe,dona Kleines,reclamava,

"_vc é uma arrivista.
Vc nos enganou.
Depois de receber alguns benefícios,não quer dar nada em troca.
Pulsilânime.
Irá pagar por isso,em cada dia da sua vida!"

"_Bençãos não podem ser tiradas,querida Têmis.
E apesar da sua raiva,sempre vou gostar de você.
Porque foi amiga dos meus parentes,porque protegeu Faón e Áttis,meus grandes amores,porque foi amiga das minhas "amigas" e dos meus amigos.
A sra é uma pessoa boa."

segue

William Robson disse...

“Ela fôra "escolhida" como um dos muito atenuadores da religião.”
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Seu primeiro nome é “Lidia”, se ainda me lembro.
Me envie um segundo nome, mesmo que seja falso, seria um nome artístico.
“Lidia Metilene”
Depois me envie um e-mail que você use. Pode ser em Off.

Acredito que isto me bastaria para abrir um Blog para você e eu ficaria como colaborador.
Se quiser escolher um nome para o Blog, faça isto, senão eu mesmo escolho.
Pelo seu e-mail eu envio a senha e tendo acesso ao Blog fica mais fácil para eu te ajudar nas configurações.

Você escreveu um longo texto que ficará perdido em meios a outros comentários.
Difícil de localizar.
Com um Blog isto não aconteceria.
Você sabia que textos que eu escrevi a meses atrás continuam sendo acessados?
O “Caso Dalva” é um dos campeões.
É um belo texto, mas se fosse postado no comentário de um Blog ou Gd viraria só bits na Internet.
Vários textos ganham vida própria e isto só é possível porque eles tem um ENDEREÇO na Rede.
Esta possivelmente é a ultima vez que toco neste assunto, estou te oferecendo condições magnificas, de amigo mesmo...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!

Você pode ser racional ou ficar orando para siri santinho.com...HAHAHAHAHAHAHAHAHAAH!

williamrobsont@gmail.com

975,parte 4 disse...

"_Sou boa o bastante para lamentar vc para sempre.
Um dia,voltará a me procurar,como filha razoável que é.
Vc tem razão.
Suas vantagens atuais serão mantidas,mas perderão a importância.
E não obterá tantas outras,quando precisar."

Nos poucos anos restantes,a moça de Metilene,viveu em paz.
Comunicou laconicamente à filha Kleines,que desistira de ser religiosa,mas não entrou em detalhes,para não assustá-la.
Depois disso,ambas se visitaram mais vezes,e começaram uma convivência amigável como nunca haviam tido.

Em seu último ano viva,teve uma depressão- ou como se dizia naquele tempo,uma tristeza infinita.
Sua mente viajou para todos os quadrantes do mundo,sempre navegando pelos mares azuis da Grécia.
Havia registrado novas poesias em papiros,mas Têmis lhe assegurara que sua influência histórica diminuiria um pouco,depois que recusara cumprir a promessa.
Parte dos seus livros,não resistiria ao tempo.
Para ela,Safo,estava tudo bem.
Eles haviam se destinado a salvar o futuro da Áttis.
Não seriam mesmo uma ótima influência,aos jovens do porvir.

Feito louca,um dia,sairia andando a esmo na terra que sempre amara.
Conforme eu "contei" numa poesia para o Filosofia Matemática,já faziam quase vinte anos que sua última aluna de dança,havia se formado,e se casado.
Ela não se aposentara por vontade própria,o destino é que a havia "posto de lado".
Ela não quisera se mudar para outra cidade mais populosa,para continuar trabalhando,e preferira permanecer por ali,perto de alguns aos quais amava,e perto das suas rosas.

A harpa doméstica,ou o plectro, ainda emitia alguns sons harmoniosos,e naquela manhã mesmo,ela cantara sua última canção.

Morreria de infarto,em cima de uma das encostas marítimas.
Os videntes,veriam uma jovem dançarina saindo dali voando,e indo se reunir ao panteão dos poetas e heróis gregos.
Seria recebida por Homero ao lado de Teseu,no horizonte infinitamente azul do mar.
Os pescadores viriam recolher-lhe o corpo.
Kleines,contrita,encomendaria o velório da mãe.

E passaria a morar na sua casa.
As pessoas ficariam pensando que era a mesma moça,que se tornara imortal,daí as lendas regionais de Safo ter sido vista por aquelas bandas por mais de um século.

O futuro apagaria as lembranças tristes.

E atualmente,a "promessa" voltou a ficar na pauta.
Agora,é uma prosa entre mim,e sri Bem Aventurado.
Mas,eu não sei bem em que consiste isso.
Andaram dizendo(no templo) que eu preciso ser "líder harmoniosa".
Semanas depois,fui descobrir que isso significa,seguir a carreira monástica.
Mas,existem tantas formas de sermos úteis à comunidade...

Esse texto,eu escrevi como réplica à mensagem de ontem,entitulada "Conceitos Vigentes".

Acho que o sr.Jesus idem foi alguém que "prometeu" em tempos distantes,e depois,precisou cumprir...)

Um ótimo dia a todos.

(outros comentários a esse texto "maluco",farei mais tarde)

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agradecimentos mil disse...

Muito obrigada,sr.William.

Obrigada mesmo.
Em agosto,eu farei isso.
Estou ocupada com uma tarefa que depois contarei qual foi.
Não dá para dizer agora.
Por ora,não tenho como interromper.

Eu manterei esse texto,gravado no meu word.

Um abração ao sr.
Tenha um ótimo dia.

Prometo que vou fazer o que o sr.disse para eu fazer.
Em nome do respeito que me inspira.
Mas,isso só se dará a partir da primeira semana do próximo mês.

(na verdade,estou em quarentena de preces,fazia dois anos que eu não fazia isso...e estava precisando desse ritual com urgência...)

Toda noite,rezo o "missal budista" inteiro...

Minha vida entrou em "parafuso" em maio,e agora as coisas começam a voltar ao normal,por causa do ..."ritual".

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alteração disse...

Vou mandar um e-mail ao sr.amanhã,mas realmente só poderei começar a cuidar do blog,em agosto.

Abrirei uma brecha na rotina metafísica atual

Ah,sr.William,o "balé" andou louco,ultimamente.
Dessa vez,não fiquei falando nada.
Parti logo para as preces.

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Daniel disse...

Ninguém é escolhido para aquilo que não quer ser um escolhido.

É como o pensamento da conveniência isto. Porque, se te agrada pensar que você é um escolhido, você é.

Com respeito ao poder. . todos nós temos algum tipo de poder, e este poder se aperfeiçoa nas nossa atividades.

Comentários sobre a cronicona, disse...

Esse conto(noventa por cento,foi imaginário) se baseou num insight que tive uma vez,quando menina,e que se repetiu há pouco tempo.

Uma mulher de meia idade fugiu no meio de uma cerimônia religiosa,praticada unicamente por ela,ou com uns poucos presentes- porque se assustou com as promessas que precisaria cumprir.
Longe do altar,ela ouviu vozes lamentosas,em sua mente.

Decidi que essa mulher foi a moça de Metilene.
Devo estar certa,nisso.

A psicologia de tal personagem histórica,é a mesma piscologia que tive, quando criança.
Na velhice,ela se assemelha ao meu "personagem atual",e eu reconheço na "pessoa que foge",minha índole assustada,de hoje em dia.
Reconheço a reação do Contravocê.

Tal "insight" no passado, me deixou triste por algum "pacto moral quebrado",com a divindade,ou com o "superego coletivo".
Acredito que umas vezes,tentei "corrigir o erro".

Mas ainda está faltando alguma coisa.

A disposição para agir em função disso,será benéfica,e nem um pouco chata.
Uma certa porcentagem da "promessa" em questão,inconscientemente, foi cumprida no gd do terra, quando fiquei meses quase "existindo em função" daquelas prosas religiosas.

Imagino agora como esse "pacto" que parece uma dívida externa brasileira,será completado.
A resposta é fácil.
É "afundar as orelhas" em certos deveres que estou inventando.
É tratar a "mudança de vida" como um ritual monástico.
Desejo menos,ser uma "sortuda total e acabada" do que viver em paz.
Se a sorte vier junto,terei muito a comemorar.

Hoje em dia,ninguém precisa ir para o convento,para "espalhar boas vibrações".
Como o Denytus disse,precisamos dar exemplo.
e inspirar os que precisam.
(só abrir a porta,e veremos que até gatos e cachorros podem se beneficiar das nossas atitudes)

E ainda curtimos a vida,mesmo assim.
Não sei se serei "líder harmoniosa".
Me sinto imatura para isso.
Mas,há outros empenhos nos quais posso melhorar bastante.

Amanhã,mandarei o e-mail ao sr.William.
(Não sei o que ocorreu) o texto não saiu como deveria,na revisão final.
Eu a fiz,e mesmo assim,ele ficou com a gramática da penúltima revisão.
(o word deu "crepe").

Se eu mandar para ele,tentarei mandá-lo com a "estética final".

Até breve a todos.

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William Robson disse...

“É como o pensamento da conveniência isto. Porque, se te agrada pensar que você é um escolhido, você é.”
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Foi criado este dogma de que o pensamento pode tudo, mas isto não corresponde a realidade observável.
Eu deixo isto bem claro naquele texto “MUNDO DOS PENSAMENTOS.”
Um exemplo rápido:
Você pode adorar jogar futebol, mas isto não lhe torna um craque.
Zilhões de garotos desejam com toda a força do pensamento e esforço físico ser um grande jogador da Seleção Brasileira, mas na realidade poucos conseguem.
Mas se você não concorda...nos prove!
Não precisa nem ser a seleção brasileira, seja titular do time que você torce, não deve ser difícil para alguém com tanto poder do pensamento.

tripitaka 520 disse...

De todas as notícias ouvidas nas últimas semanas,as que mais me chocaram,foram a dos acidentes ocorridos com crianças.
Um foi por causa de pipas,outra foi num parque,num hotel onde estive uma vez,para fazer uma prova.

Poucos cuidam das urgências.
Deve ser natural de nós brasileiros,termos a "cabeça nas nuvens" -enquanto panelas explodem,e casas imergem.

O que me incomoda mais,não é o fato dos erros acontecerem,pois acidentes não mandam aviso.
Mas,é todo mundo achar isso "normal".
E considerar "patológica" a preocupação com esquemas de segurança.
E todo mundo é muito "compreensivo" enquanto o erro não acontece perto.

Afinal,a dor dos outros,é apenas a dor dos outros,pois não?

Eu não entendo a vida.
E "ela" com frequência,me manda me calar.
Diz que só os tolos,é que se preocupam com o que não podem resolver.
Eu sou impotente,tola,e prepotente.
A prepotência deve ser uma característica dos "socialmente pequenos".

Não sei.

Porque talvez,a loucura seja a realidade natural.
Bem como a omissão.
Entretanto,não fôssem os loucos,nem os lunáticos,não teríamos garantia de sobrevida.
Aliás,os loucos e lunáticos capazes,também morreram- dirão.

E também foram prepotentes.
Pois todos dirão que se estão vivos,é por alguma coincidência.
Nunca atribuirão isso,às competências naturais dos loucos -e dos metidos,que viveram antes.

Ah,isso está complicado.
Melhor parar por aqui.
Irei meditar.

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Daniel disse...

O pensamento é o primeiro grande passo para se construir grandes coisas. Não falo que a força do pensamento poderá tornar-me um craque do futebol.

O fato de ter uma guitarrra e gostar de rock, não necessariamente me fará ser uma estrela do rock.

Mas ha pessoas que adoram pensar sobre serem escolhidos para determinada coisa. Eu já joguei sim para times profissionais, e já ganhei trofeus e medalhas. Mas isto nao tem nada a ver a eu ter pensamento fixo na conquista, ou que apenas a força deste pensamento me faria vigorar esplendidamente para estas atividades.

Mas o segredo está nisto: entenda-se como especial e agirá diferenciadamente.

Daniel disse...

Pensamento interessante foi este, Nihil.

Nada é coincidência.
Se estamos vivos é pelo fato de sermos minimamente precavidos com as coisas não nos metendo em grandes furadas. Temos senso e adoramos exerce-lo. Apesar que eu não sei exatamente do que falo, dado que eu já destruí três casamentos.

Encrenca 976,mais comentários disse...

Desde o ano 2.000,venho sonhando ao menos,uma vez por semana,com Skala Eressous(praia Monte Eressos,na Grécia).
Asseguro aos leitores que só fui tomar conhecimento da existência da poeta grega antiga,em 2.010.
Então,muitos insights e devaneios,só passaram a "ter lógica" para mim,a partir de outubro do ano mencionado por último.

Havia sempre sido um devaneio "do outro mundo",pois nunca na vida(ao menos,nessa vida),andei numa costa marítima,acinzentada.
E nesses sonhos,isso sempre aconteceu.
Eu sentia mal estar,pensando que era sujeira,e a bem dizer da verdade,nunca apreciei direito,o local do sonho.
Tal informação,foi inserida no texto- quando eu disse que "Safo não gostava daquele eremitério".

Honestamente,não sei porque minha mente "localizou" tal endereço.
Acredito que pode ter sido o "pensamento coletivo" do povo grego,sempre evocando tal personagem histórica,que acabou "me pegando" numa nostalgia remota por um lugar do qual,muito possivelmente,nunca gostei.
Tem um hotel na região cujo nome é "Hotel Safo".

Apesar disso,quando eu ficar muito boa de grana,desejo ir lá.
Mesmo porque,o passeio fará parte de um pacote de turismo pelo país.

Acho que ao vivo,e a cores,e cinestesicamente,irei gostar mais dessa "Caraguatatuba européia".
Suspeito que especialmente à noite,a localidade é romântica.

Encrenca 977 disse...

praia de Caraguatatuba,litoral norte de São Paulo.

Encrenca 978 disse...

praia Skala Eressous,na Grécia.
Um conjunto de imagens dela,está num "destaque" antigo,daqui do blog,onde se encontra um conjunto meu de textos.

melhorando a 976 disse...

Antes de saber que tal praia existia mesmo,na vida real,eu pensava que o "cinza" daquele chão visto em sonhos,era sujeira...