segunda-feira, 18 de maio de 2015

Ordem e Progresso Como!?

  Os que menos colaboram com a segurança são os mesmos que mais exigem segurança.

 [William Robson]



👧-Mamãe aqui é a entrada, ali é a saída.
👩-Vamos sair por aqui mesmo!

  Na empresa que trabalho tem grande fluxo de pessoas, hospital publico.
  Tem entrada de macas, cadeira de rodas, pessoas se adaptando a próteses.
  Entrada e saída são bem sinalizadas.
  É incrível como pelo menos 30% dos usuários não dão a mínima para a sinalização.
  Inevitavelmente os 70% que agem certo, respeitando as normas, passam por um transtorno que não precisariam passar.

  NÃO defendo uma sociedade "robótica", toda norma pode ser questionada, devemos procurar os canais certos que pode ser ouvidoria ou gerência do local.
  Simplesmente ignorar a orientação de uma placa ou funcionário para fazer o que bem entender ... vai em um sentido oposto igualmente preocupante.
  No caso de uma simples placa de entrada e saída para organizar melhor o fluxo, porque não respeitar!? 

  As "justificavas" para não seguirem as normas do hospital chegam a ser irritantes para qualquer um com o mínimo de bom senso.

😉“Abre uma exceção para mim, eu vim de longe.”  
 
  O cidadão vem de outra cidade como São Paulo, Limeira, Hortolândia, Americana, Sumaré ... e quer tratamento especial apenas por não morar em Campinas. 
  Faz algum sentido para vocês?
  Para mim, não faz.
  Porque eu moro em Campinas devo ceder meu lugar em alguma fila por pura "hospitalidade".
  As normas devem ser flexíveis de acordo com a distância percorrida!?
  É um hospital de referência, cerca de 50% dos atendidos (ou mais) vem de outras cidades.
 
Se programe, se informe, saia mais cedo de casa. 
  O individuo vem na certeza de "ter direito" a tratamento especial (quebrar as regras) só por "vir de longe"!?

😖“Você não lembra de mim!?”

  No hospital temos grande problema com quem fica internado muito tempo, os familiares acham que as regras não servem mais para eles.
  Quem controla o fluxo tem que memorizar todos que visitam determinado paciente, detalhe, o HC mantem em média mais de 200 leitos.
  Os familiares querem entrar direto sem qualquer documento de identificação. 

  Boa parte dos funcionários agem da mesma maneira.
  Acham que todos tem obrigação de conhece-los, uma empresa que tem mais de 3 mil "colaboradores". 

  Não importa que o cidadão tenha 20 anos de casa, duvido que ele conhece todos que trabalham ali.
  Além do mais o segurança pode ser recém contratado, ele tem que conferir o documento que permite a entrada, não memorizar nome e setor de cada um que trabalha na empresa.
  Atualmente há maquinas que identificam rostos, mas isso é coisa para maquinas não para humanos. 
  Como se não bastasse tem os aposentados e/ou afastados.
  Porque trabalharam na empresa se acham "donos", só isso explica tamanho desprezo pela solicitação de identificação. 
(Sem generalizações)

😠“Porque não posso passar por aqui? Passei ontem!”

  Por vários motivos a segurança pode ser reforçada, ficar um pouco mais rigorosa em determinado dia ou horário.
 Paciente tentando fugir, suspeita de roubo ocorrido internamente, alguém querendo invadir o hospital com a intenção de burlar a quantidade de visitas ou até para agredir alguém internado, estelionatários, falsos médicos...
  Enfim, cada mudança que tem que ser feita muitas pessoas exigem explicações e não raro criam impasses: 
 “Sempre saí por aqui e vou sair hoje também.”
  Acreditem, por vezes o desvio é de 4 ou 5 metros, mas não respeitar aquela norma/situação momentânea parece ser uma questão de honra para a pessoa.

😎“Esqueci meu crachá.”

  Absolutamente todos que trabalham ou estudam no HC da Unicamp assinam contrato se obrigando a andar identificados com crachás em local visível.
  É inacreditável como essa obrigação vira opção! 
  Mais impressionante é como a administração é tolerante com esse tipo de indisciplina.
  Esquecer o crachá em casa não dá absolutamente nada.
  O indivíduo preenche com má vontade seus dados básicos na portaria, depois fica circulando pelo hospital sem identificação nenhuma, todos tem obrigação de conhecer a “santidade”.
  Vejam bem estou falando de estudantes de medicina, médicos formados, pessoal concursado que estudou muito.
  Muitos dos profissionais com menos estudo também não se acham na obrigação de se identificar, ressaltei médicos e concursados para você ver que não é uma questão que se limita a falta de estudo é CULTURAL.
  Podemos mudar a cultura, mas temos que querer fazer isso.
  Reconhecer nossos erros e corrigi-los. 


  
Poderia escrever muito mais sobre o cotidiano da empresa, mas acredito que já é o suficiente.

  Projetem essas situações simples para outras mais complexas e entendam quanto essa conivência com a indisciplina prejudica todo país. 

💣 A criança indisciplinada...não é indisciplinada; é “hiperativa” precisa de remédios, carinho e muita paciência.
💣  O menor infrator é um injustiçado pela sociedade.
💣  Não devemos punir criminosos, temos que ressocializa-los.
💣  Mesmo com graves suspeitas de improbidade administrativa não devemos acreditar na mídia devemos sempre dar votos de confiança aos políticos e reconduzi-los aos cargos...

  Os prejudicados não tem noção que poderiam ter uma vida muito melhor se além de colaborar com as normas permitissem que elas fossem impostas aos indisciplinados.
  Se boa parte do nosso povo não respeita pequenas regras imaginem as mais complexas.

  Meu irmão hoje (2015) é sargento bombeiro, já foi soldado e cabo da PM.
  Vou contar “como me lembro” de uma ocorrência.
  A PM foi acionada devido a denúncia de racha.
  Meu irmão parou um dos motoristas, o cidadão estava alterado, foi empurrado sobre o capô do carro, imobilizado e algemado.
  Como é difícil autuar alguém por racha o cidadão foi logo liberado, mas antes fez uma denúncia de excesso de força contra meu irmão que que teve que responder a sindicância.
  Se na disputa do racha uma criança fosse atropelada todos criticariam a falta de policiamento, não raro bloqueariam ruas e fariam passeatas.
  Meu irmão não teve ninguém da população para testemunhar a favor, ninguém queria se comprometer.
  Por esse tipo de ocorrência é que muitos policias vão ficando desanimados.
  Alguns ficam com tanta raiva do bandido ser tão privilegiado que preferem fazer alguma "justiça" com as próprias mãos que vai de pouca ou muita humilhação e espancamento podendo chegar até a execução.
  Policiais não confiam no poder judiciário, isso é triste, não se sentem motivados a levar alguém para delegacia para “justiça” soltar.
  Outros vão na direção oposta, já que nossa sociedade apoia tanto bandidos que fique com eles.
  O policial precisa do emprego então prefere serviços burocráticos, se está na rua evita confrontos, ele quer só a estabilidade e o salário no início do mês.
  Tem os que se corrompem, se bandido é tão bem tratado porque não virar bandido também?

  Claro, tem os abnegados apesar de tudo contra tentam fazer o que é certo.
  Recentemente a polícia do Paraná fez um cordão de isolamento para que um excesso de pessoas não entrassem na assembleia legislativa.
  Fizeram seu trabalho muito bem.
  Impediram a invasão e não houve mortos.
  Nossa sociedade queria o que?
  A invasão da assembleia!
  Os manifestantes podiam fazer uso da força os policiais não.
  Os manifestantes no Paraná tinham todo direito de usar a força e romper o cordão de segurança para entrar na assembleia.
  O papel da polícia era ficar dialogando enquanto eles iam entrando e fizessem o que bem entendessem!

  Damos o monopólio da força a alguns grupos em detrimento das instituições incumbidas de defender a ordem. !!

  O MST pode invadir propriedades a força, ao proprietário só cabe aceitar a invasão e tentar uma reintegração de posse que pode levar anos.
  Nos Estados Unidos se alguém invade sua propriedade você tem direito de atirar no invasor, lá há um grande respeito a propriedade.
  Aqui quem compra uma casa com muita luta e sacrifício é chamado de coxinha, burguesia a ser odiada, os invasores são considerados nossos melhores cidadãos.
  Até recebem medalhas:

  “Líder do MST é homenageado com medalha da Inconfidência” 
[Minas Gerais]

  Que tipo de ordem pretendemos nesse país?

  É incrível que um país que tem ordem e progresso escritos em sua bandeira tenha um povo com tão pouco apreço por ordem e progresso... 
 








A insegurança do segurança:
     


   Já trabalhei muito como segurança.

   Idosos e mulheres se aproveitam da situação.

   Acreditam que só porque são mais fracos, quem é mais forte tem obrigação de aceitar suas provocações.
  Depois vem com aquele papinho do tipo:

  “Ela enfrentou dois homens”.

  Enfrentou nada.
  É que a gente por ser mais forte está sempre errado.
  A mulher pode dar um tapa no seu rosto, se você revidar está errado, não importa a situação.
  Parei de trabalhar como segurança por causa disso.
  Sua obrigação é ficar calado ou apanhar ... não tem lógica.






  Apelidei essa falha cultural mundial (na minha opinião) de “Síndrome seu Madruga.”

  A Florinda só bate nele porque “culturalmente” está proibido de reagir por mais que esteja certo.




                                                                              






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