segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Globonews Painel

  Globonews Painel é um programa que passa na TV a cabo, gosto de assistir por um motivo paradoxal.
  NÃO GOSTO do William Waack, o apresentador.
  (Novembro - 2016)



  Não, não é nada pessoal, não sei nada da sua vida fora do programa.
  Não gosto da visão dele de mundo.
  Assisto justamente por isso, se ele parar de apresentar o programa talvez eu deixe de assistir.

  Waack é muito importante para mim, ele representa muito bem os “intelectuais do jornalismo”.
  Pessoas que cristalizaram conceitos da década de 1970, no máximo 1980, um mundo pré Internet.

  Um pensador falou da importância de conhecermos nossos inimigos então eu passo muito tempo lendo e assistindo pessoas que criticam duramente a "Direita". 

                                              

  

 “Conheces teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiveres cem combates a travar, cem vezes serás vitorioso.

  Se ignoras teu inimigo e conheces a ti mesmo, tuas chances de perder e de ganhar serão idênticas.

  Se ignoras ao mesmo tempo teu inimigo e a ti mesmo, só contarás teus combates por tuas derrotas.”

[Sun Tzu]

 

 

  "Inimigo” é um termo muito forte para essa situação, considere força de expressão.
  Já ouvi várias vezes Waack dizer que os movimentos de esquerda no Brasil não tem nada a ver com a esquerda tradicional europeia.
  Muitos tem essa visão romântica do 
Marxismo/Socialismo.
  Esses jornalistas veem o socialismo como solução de alguma coisa e se essa solução não acontece eles dizem que os ideais de Marx foram distorcidos.
  A Direita, o Liberalismo Econômico, Conservadorismo devem ser evitados.

 😠 “A Direita é xenófoba, retrógrada, populista, nacionalista.”

  Isso é o que boa parte dos intelectuais da mídia defendem sutilmente ou textualmente nos mais diversos meios de comunicação, jornais, rádios, revistas, TVs. 

  No último Globonews Painel (26-11-16) Waack expressou sua decepção com as Redes Sociais.
  Segundo ele, a Internet está trazendo de volta tudo que há de mais retrogrado.
  Para ele a prova cabal disso é a saída da Inglaterra da União Europeia e a vitória de Trump.
  Waack chega a colocar em dúvida a qualidade da atual Democracia, para pessoas como Waack a Democracia só é boa quando confirma sua própria visão de mundo.

  Gostei da saída da Inglaterra e gostei da vitória de Trump, para Waack eu sou a “fezes” produzida pela Internet. 😄

  Me considero um pensador moderno.
  Felizmente Waack não me conhece, não conhece o inimigo ... isso facilita muito as coisas para mim.
  Pensadores iguais eu não teriam nenhuma voz se não fosse a Internet.
  Felizmente para nós a Internet está suplantando todos os outros meios de comunicação, para desespero dos intelectuais do jornalismo formados em nossas universidades ... mais a "esquerda".

  Defendo que o Marxismo foi uma boa intenção que não deu certo.
  Era tão ruim em 1917 quanto é hoje.
  As nações que persistirem em ideologias de esquerda estão fadadas ao fracasso.
  Se nem judeus e alemães conseguiram fazer o Marxismo dar certo … percamos a esperança nessa ideologia.

  E aqui começa nossa meditação que é uma continuação do texto anterior.
  Os intelectuais do jornalismo afirmam que a Direita é contra a “Globalização”.
 
  Que tipo de Globalização um pensador de Direita igual eu espera?

  Primeiro cabe uma ressalva.
  Até pouco tempo não havia Direita no Brasil, os ideais de esquerda predominavam.
  Os poucos iguais a mim que ousavam defender o Capitalismo eram execrados.
  Claramente a situação mudou.
  Mudou tanto que tenho encontrado muitos “anarcocapitalistas” pessoas que defendem o fim do Estado.

  NÃO É MEU CASO.

  Defendo uma participação do Estado entre 20% e 30%.
  Para uma sociedade funcionar de maneira eficiente tem que ter instituições reguladoras fortes, em nenhuma meditação minha consegui tirar o Estado dessa equação.
  Dito isso...

  Gosto quando Trump fala em acordos bilaterais.
  Sou bem cético quanto a tratados como o Mercosul.
  Era uma boa ideia, merecia ser experimentada, foi experimentada, mas não deu certo.
  Embora vizinhos, países como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai tem interesses bem diferentes.
   Coloca uma Venezuela nesse meio e a zona está feita.
  Como fazer acordos que sejam satisfatórios para tantos interesses!
  Brasil e Argentina podem fazer entre si acordos que não seriam interessantes com outros países.
  O mesmo vale para cada país do mundo, vizinhos ou separados por centenas de quilômetros.

  De repente o Brasil devido sua indústria aeronáutica pode fazer algum acordo com Israel que não tenha absolutamente nada a ver com o Paraguai, mas por alguma cláusula do Mercosul a burocracia trave a negociação.

  Então, SIM.
  Sou a favor da “Globalização comercial e industrial” respeitando a soberania dos povos para decidirem o acordo mais satisfatório para si, observo que acordos bilaterais são mais eficientes.
  NÃO sou radicalmente contra blocos de integração só não os vejo como algo indispensável.

  E a Globalização no sentido de abertura de fronteiras para imigração?

  Pode acontecer naturalmente entre CULTURAS COMPATÍVEIS.
  Não sei de grandes restrições impostas aos canadenses pelos americanos ou dos canadenses aos americanos quanto a imigração, porque?
  São culturas compatíveis democráticas, capitalistas com grande tolerância religiosa não há porque erguer muros.
  Australianos, alemães, japoneses, holandeses, noruegueses, ingleses … não é necessário grande controle de imigração entre esses países.
  Qualquer país pode ser parte do primeiro mundo basta fazer o dever de casa, evoluir pra ele.
  Vamos a uma ilustração.
  Nasci muito pobre, demorou até conseguir comprar um carro, uma lata velha.
  Depois que comprei observei uma coisa interessante.
  As ofertas de carona aumentaram bastante!
  Carro velho já viu, vira e mexe está na oficina, mas sempre tinha alguém disposto até a desviar do caminho para me deixar em casa ou na oficina.
  Porque quando eu não tinha carro raramente me ofereciam carona e depois que eu comprei as ofertas dispararam?
  É a possibilidade da RECIPROCIDADE.
  Se um colega me dá carona quando meu carro está na oficina eu posso retribuir esse favor um dia que o dele estiver em manutenção.
  Se eu não tenho carro …

  O cálculo da reciprocidade é automático em nós, fazemos e nem percebemos.

  Você mulher tende a compartilhar mais roupas e objetos com a amiga que também tenha algo oferecer.
  Se sua amiga tem pouquíssimas roupas ... compartilhar as suas só se for por caridade.
  Se sua amiga tem bastante roupa, usa as suas, mas não te deixa usar as dela … não é uma amizade interessante a não ser que você seja masoquista.

  Voltando a geografia.

   O Reino Unido é uma união política de quatro "países constituintes": Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales.
  O governo é regido por sistema parlamentar, cuja sede está localizada na cidade de Londres, a capital, e por uma monarquia constitucional.

  Observem que a integração entre esses povos é natural, são culturalmente compatíveis quanto a Democracia, sistema econômico liberdades individuais.
  Não há necessidade de muros, cercas, vistos em passaporte.
  Agora, coloca uma Turquia no meio ... não dá liga.
  E o que dizer de povos que vivem em eternos conflitos tribais e golpes de estado?

  William Waack e sua galera vivem mentalmente ao som de “Imagine” do marxista John Lennon.

  Empiricamente sabemos hoje que o Capitalismo é muito mais eficiente que o Socialismo.
  Então eu deduzo que um mundo "sem muros" deve ter por base dois consensos mínimos em comum.

1 – Regime Democrático de fato.

   República Parlamentarista ou Monarquia Parlamentarista
  Se vai ter um presidente ou primeiro ministro como chefe de Estado vai variar de acordo com a tradição de cada povo.
   O importante são eleições livres, voto facultativo, liberdade de imprensa, liberdade de expressão.


2 - Sistema econômico Capitalismo/Liberalismo.

  A esquerda prega uma intervenção máxima do Estado em tudo, isso empiricamente não traz bons resultados.
  A China só passou a ser relevante quando assimilou muito do Capitalismo do Ocidente.

  Os muros irão caindo para os povos a medida que forem ficando mais “civilizados”.
  Quem quiser persistir em teocracias fundamentalistas, socialismo/comunismo, populismo, irresponsabilidade fiscal, guerras tribais. … que faça isso, mas é melhor ficar do outro lado do muro.

  Ninguém é obrigado a concordar que a Democracia e o Capitalismo de boa qualidade são bons caminhos a serem seguidos.
  Nenhum povo deve ser obrigado a aplicar ou aceitar esses conceitos.
  Só não venham invadir os povos que acreditam nesses conceitos.

  Se quisermos no futuro ter uma maior integração mundial precisamos filosofar mais sobre a cultura dos povos.
  Não adianta querer impor por decretos interações culturais díspares.

  Nós  “conservadores” não estamos dizendo “não a globalização”, estamos observando que interações culturais tem limite.
  Para mim é bem claro a superioridade do que convencionamos chamar de Centro Direita.
  Os povos que optarem pela Democracia e Liberalismo Econômico ... tudo indica que construirão sociedades melhores ... segundo “minha” visão de mundo.

                                                     

  

   Quem não gosta de nações “Centro Direita” ... que não migre para elas.

  Cada primata no seu galho.


 

  Quem gosta do Liberalismo Econômico e Democracia que tente implementar em seu próprio país, teremos um mundo com mais “turistas” e menos “imigrantes”.
  O melhor lugar do mundo tem que ser a “casa da gente”, no país que nascemos.
  Se isso não está acontecendo ... façamos acontecer.

  Esse pensamento "moderno" entra em sua mente?




                                      

  

  CULTURA é o conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais aprendidos de geração em geração por meio da vida em sociedade.

 

  NACIONALISMO é um conceito desenvolvido para a compreensão de um fenômeno típico do século XIX: a ascensão de um certo sentimento de pertencimento a uma cultura, a uma região, a uma língua e a um povo (ou, em alguns dos argumentos nacionalistas, a uma raça) específicos, tendo aparecido pela primeira vez na França comandada por Napoleão Bonaparte e nos Estados Unidos da América.

 

  A mídia tem dado uma conotação muito negativa ao Nacionalismo, mas o nacionalismo surgiu no Iluminismo e fez muito bem a sociedade.

  Nós basicamente nos organizamos em grandes tribos e demarcamos fronteiras.

  Isso foi uma consequência de nos organizarmos em repúblicas.


  ➽Direita Xenófoba!?

 

 

 

                                              

  

   A Internet ganhou peso no Brasil a partir de 2010 com o barateamento dos smartphones.

 

  Nossas universidades são ideológicas, formaram profissionais ideológicos, que tratam a notícia de forma ideológica.

 

  No caso do Brasil com uma tendência ao “paulofreirismo” e “gilbertofreyrismo”.

 

  Informação é poder, com acesso a mais pontos de vistas “espero” que o eleitor exerça melhor a própria vontade, menos sujeito a manipulações.

 

Repense


 



  



 

  

😒“Quando se mistura nosso methiê com o resto do mundo, nosso feijão com arroz, vira uma comida duvidosa de sabor desconhecido.”

(J Cleiton)


  Eu procuro fazer a análise do micro sem ignorar o macro. (E vice versa)

  Um bom exemplo são meus textos sobre questões raciais.

  Tem o que ocorreu com o negro nos Estados Unidos e na África do Sul (e tantos outros países)

  E tem o que aconteceu com o negro aqui no Brasil...

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https://terapiadalogica.blogspot.com/2015/04/nilo-pecanha.html


 

 

  

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2 comentários:

NIHIL METILENE disse...

Gostei; mas não estamos vivendo o Liberalismo Clássico mas Sim, o Neoliberalismo dos lucros sem trabalho direto; das empresas sem patrões- especialmente quando são públicas.

O marxismo será sempre um horizonte utópico a "cutucar" a realidade.
O Capitalismo atual está sem poder se autopteservar.
Pelo menos em nossa "casa" latino-americana.

NIHIL METILENE disse...

Desculpe os erros ortográficos do corretor...