segunda-feira, 13 de março de 2017

Anistia ao Caixa 2



  “BRIGA DE FAMÍLIAS CRIA CIDADE MAIS VIOLENTA DO BRASIL.”

  Matança entre Veras e Oliveiras, iniciada com desentendimento há 20 anos, deixou mais de cem mortos em Brejo dos Santos e região.

  Iniciada com mal-entendido em um bar, a briga já matou mais de cem pessoas.”

 


  [Estadão – Fev 2015]


  Isso parece aqueles “causos” quase anedóticos de cidadezinhas do interior de qualquer Estado.
  Entretanto a morte de 100 PESSOAS não tem graça nenhuma, é trágico.
  Quando isso vai parar?
  Quando a atual geração dos dois lados esquecer quem começou (parar de perseguir a culpa) e decidir quem vai pôr fim. (perseguir o Bom Senso).
  Senão essa vingança vai sobrevivendo a gerações...


 “Porque eu sou o Senhor teu Deus que vinga a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira, e quarta geração daqueles, que me aborrecem; e que faz misericórdia até mil gerações aqueles que me amam, e que guardam os meus preceitos."

(Êxodo - 20: 5)

 

  É inacreditável que tantas mortes continuem acontecendo porque alguém nasceu com o “sobrenome errado”.
  Qualquer criança dos Oliveiras ou Veras já nasce com culpa!?
  Mais uma referência bíblica!?

  Claro que essa briga dos Oliveiras e Veras é um caso extremo, mas vejo em muitas famílias esses rancores “eternos” (por toda vida).
  Um desentendimento lá em mil novecentos e bolinha causa conflitos até hoje.
  Sei lá, tem coisas que não dá para esquecer, mas temos que seguir adiante, parar de ficar ruminando culpas.

  Minha irmã Simone quebrou minha bicicleta Monark.

  A Jane usou meu tênis de educação física.

  Meu irmão Wanderson chegava tarde da noite e fazia frituras, poluía toda casa.

 A Audrey idolatrava a Xuxa ...

 

 Eu era santinho, agradava a todos.😉

 

   Acreditem, nossa mente tem esse estranho habito de se santificar e demonizar todos os outros.


“Do passado, todos somos vítimas ... será?”
(William Robson)


“O inferno são os outros”.
(Sartre)


  Saindo do universo familiar...
  O que dizer dos conflitos Judeus e Árabes, Índia e Paquistão, Curdos e Sunitas ... as mais diversas disputas por fronteiras ... qual geração decidirá finalmente viver em paz e prosperidade?

  Seria maravilhoso que fosse a nossa.













 Vamos falar de politica.

  “O Congresso quer aprovar as medidas de combate à corrupção sem distorção e junto com ela uma ANISTIA ao Caixa 2.”

 Globo-2016


  Sou a favor da anistia ao Caixa 2 ... desde que não seja comprovado algum favorecimento ilícito.

  Na maioria dos casos o cidadão até perdeu a eleição.
  A maioria dos que concorrem perdem, isso é matemática gente.
  Se ganhou e não foi comprovado nenhum crime em favor de quem o financiou ... “eu” me contentaria com uma multa de acordo com a posse do cidadão.
  Alguém com uma fortuna de 10 milhões ser multado em 100 mil não quer dizer muita coisa.
  Alguém com patrimônio de 500 mil ser multado em 100 mil é complicado.

  E o dinheiro?

  Mais uma vez vamos recorrer a Matemática.
  Você concorreu a Prefeito.
  Cabos eleitorais raramente trabalham de graça, algum dinheiro você tem que dar (ou prometer), fora alimentação e transporte.
  O indivíduo não vai ficar horas no sinaleiro agitando uma bandeira só por amor a você.
  A bandeira não cai do céu, tem que ser comprada.
  Adesivos para carros, panfletos, botons, outdoors ... dinheiro, dinheiro e dinheiro.

  Terminou a campanha, você perdeu.
  O dinheiro não existe mais, foi incorporado pelo “mercado”.
  Queríamos o que!?
  Que o cabo eleitoral devolvesse o dinheiro porque você perdeu.
  Os diversos fornecedores tem que esquecer a dívida e arcar com o prejuízo.


  Terminou a campanha você ganhou.
  Se pegar dinheiro da Prefeitura para pagar o fornecedor de campanha ou cabo eleitoral, torça para não ser pego, a cana vai ser braba.
  Se você favorecer criminosamente alguém que te financiou, hoje em dia com tanta tecnologia está difícil não deixar rastro.
  São câmeras por todo lado, muita compra com cartões eletrônicos, os celulares mesmo desligados mostram a localização do indivíduo.

  Em nosso estágio atual financiar campanhas com objetivos escusos é um “investimento” de altíssimo risco.

  Ao invés de desperdiçarmos energia correndo atrás de culpas do passado podemos cuidar melhor do nosso presente e preparar nosso futuro.

  “Não vamos tentar consertar a culpa do passado, vamos aceitar nossa responsabilidade pelo futuro.”
(John F. Kennedy)


  Muitos políticos com gravíssimas denuncias de corrupção são eleitos e reeleitos.
  Há parlamentares no terceiro e quarto mandato.
  Não acho eficiente ficar culpando quem os elegeram, mas espero que parem de eleger.
  Amém?


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