sábado, 11 de novembro de 2017

Erros de Temer

  É comum eu encontrar pessoas com ódio de Michel Temer, considero um sentimento exagerado sem razão de ser.

  Petistas acusam Temer de golpista.
  Não o identifico como protagonista do processo de impedimento, Eduardo Cunha teve muito mais importância que ele.

  O que mais pesou contra Dilma foi o estelionato eleitoral.
  Se elegeu dizendo que tudo estava bem e a realidade econômica logo apareceu para todos.
  Assim que ganhou as eleições confiscou o PIS. (por exemplo)

  A Presidência caiu no colo de Temer, é o ápice de sua carreira política, porque recusaria!?

  Esse texto é para apontar os erros de Michel Temer ou pelo menos dizer o que “eu” teria feito no lugar dele.

1 - Com a necessidade de apoio no Congresso eu também distribuiria cargos para os diversos partidos, porém principalmente no caso dos ministérios não me cercaria de gente tão enrolada na Lava Jato.
  Temer deve conhecer como poucos todas as maracutaias no Congresso e seus pares mais “viciados em corrupção”.
  O indivíduo assume um ministério ganha poder para corromper e holofotes para ser investigado é o caso do Geddel.


2 - Quando Temer se propôs a diminuir drasticamente o número de ministérios muitos apoiaram, sua popularidade de certo aumentaria, entretanto aos poucos foi mudando muito a proposta original.

  “Quando assumiu interinamente a Presidência, Michel Temer prometeu que, caso viesse a ocupar o cargo de maneira efetiva, começaria cortando ao menos dez ministérios como forma de enxugar a máquina pública.
  Uma vez empossado oficialmente no cargo o corte diminuiu para apenas seis pastas.
  Agora, com a criação de mais dois novos ministérios, ele chega perto do número de pastas de sua antecessora, com 28 ministérios contra os 32 de Dilma Rousseff.
  Temer assinou uma medida provisória (02/02/2017) criando o Ministério dos Direitos Humanos, que será comandado pela desembargadora aposentada Luislinda Valois.
  Ela exercia o cargo de secretária de Promoção da Igualdade Racial, estrutura subordinada ao Ministério da Justiça."

  Lembram do Ministério da Cultura?
  Temer tinha o transformado em uma secretaria subordinada ao Ministério da Educação, boa medida, coerente, racional.
  Voltou atrás, cedeu à pressão de artistas loucos pelas benesses do Governo/Impostos.

  Quem quer agradar todo mundo acaba não agradando ninguém.

  As pessoas racionais coerentes antipatizaram com Temer por ele ter voltado atrás.
  Os artistas continuaram antipáticos a Temer por boa parte deles serem petistas e o verem como golpista.
  Michel Temer, no caso dos Ministérios, conseguiu a proeza de desagradar gregos e troianos (petistas e não petistas) ... incrível!
 

3 - Temer teve a chance de indicar um ministro do Supremo.
  No lugar dele eu teria indicado Sérgio Moro.

  Olhando pelo lado “maquiavélico” seria o mais lógico a fazer.
  Quer que eu explique?

  Moro sairia de Curitiba, teoricamente a Lava Jato ficaria enfraquecida em sua base.
  Na pior das hipóteses, para o grupo de Temer, nada mudaria.
  Dificilmente assumiria em Curitiba um juiz mais eficiente que Moro, no máximo seria igual.

  Para a população em geral (com sua visão curta) a indicação de Moro seria um comprometimento de Temer com a continuidade da Lava Jato reconhecendo seu principal personagem.
  De certo Michel Temer ganharia prestígio.

  Sérgio Moro no Supremo não seria um tiro no pé do grupo de Temer.
  Lembremos que ele é só um voto, tem outros 10 ministros.
  Inclusive, por motivos óbvios, ele estaria impedido de atuar em casos específicos da Lava Jato.

  Outra coisa que poucos enxergam...

  O cidadão precisa puxar muito o saco de políticos até ser declarado ministro do STF.
  Depois ele fica intocável, isso lhe dá muita independência.

  Veja o caso de Joaquim Barbosa.
  Foi indicado por Lula, mas não se sujeitou as vontades do ex-presidente.

  Alexandre de Morais será um aliado do grupo Temer no STF?

  Acho muito difícil, aqui “de fora” ele me parece mais ligado a Geraldo Alckmin.
  Mas como disse, Alexandre agora só responde a ele mesmo e "esperemos" ... a Constituição.

4 -  Temer não satisfeito com todos esses erros estratégicos resolveu se superar.
      Recebeu Joesley na surdina e o resto é ... Janot.




  Hoje, qual deveria ser a estratégia de Temer?

  No lugar dele eu não esquentaria em demasia minha cabeça com a reforma da Previdência, Política ou Fiscal.

  Claro que continuaria me empenhando nessas reformas.
 (Não sejam radicais.)

  Se não é pra Governar seria preferível ter renunciado.

  Temer já é aposentado, tem bom patrimônio, com sua idade avançada ... não deve ter grandes planos para o futuro.
  (EU não tenho grandes planos para o futuro.)

  Sua esposa e filhos estão garantidos financeiramente.
  Temer não é candidato a nada em 2018.
  A Previdência não vai estourar antes do próximo Presidente assumir.
  Para Temer está tranquilo favorável, é curtir o poder por mais 1 ano e passar o abacaxi.

  Quem tem que se preocupar com alguma reforma na Previdência são os com chances de serem eleitos no próximo Governo.

  Principalmente prefeitos, governadores e partidos que os apoiam.

  Outros que precisam se preocupar são os que tem até 20 anos no mercado de trabalho ou ainda nem entraram.

  No ritmo que está, daqui uns 10 anos a Previdência ficará impagável.

  Toda mídia caiu em cima de Temer quando ele disse que:

  Não reformar a Previdência é uma derrota do Brasil não do Governo.

 No entanto é a mais pura verdade ... sejam bem vindos a realidade.

  



 
  Meu conselho para quem for se aposentar só depois dos 65 é óbvio.
  Tem pessoas que gostam muito do que fazem, trabalhar é um grande prazer para elas … sorte delas
  Para você que não teve essa sorte…

  Não faça muita hora extra, evite empregos que te consumam muito tempo.
  Tire férias de 30 dias.
  Curta a vida a cada dia.
  Se gosta de dormir, durma.
  Gosta de música ouça, cante, dance.
  Gosta de comer coisas gostosas coma.
  Gosta de viajar, viaje.

  Quem deixa de aproveitar bons momentos na juventude em nome de curtir a vida na velhice faz uma aposta de altíssimo risco.






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